Repescagem: Uma guerra difícil mas possível

A selecção nacional de sevens disputa neste fim-de-semana o ultima torneio de apuramento para a Repescagem Mundial de apuramento para os Jogos Olímpicos

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Alexandra Couto

Este fim-de-semana decorre, em Lisboa, o último torneio de apuramento para a etapa de Repescagem Mundial de apuramento para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. O torneio de Lisboa será a última hipótese para manter o sonho Olímpico vivo para todas as equipas que, até agora, não o conseguiram nos torneios anteriores, entre as quais se encontra Portugal.

 

Nota prévia: deverá ser dada à inteligente visão da FPR (e competência) em ter-se candidatado à organização deste torneio e ter conseguido essa mesma adjudicação. É sempre um factor positivo jogar em casa e a FPR antecipou bem esta possibilidade.

 

Aliás, a organização de eventos de qualidade tem sido uma conquista da actual direcção da FPR que, sem dúvida, tem contribuído para algum ganho de peso político de Portugal no panorama do râguebi internacional. Um ganho que tem compensado os resultados desportivos menos bons que se têm registado desde o apuramento para o Mundial de 2007.

 

Tenho abordado as causas deste caminho descendente ao longo dos tempos, não sendo hoje o tema em causa.

 

Hoje gostava de alertar que foi precisamente numa fase de repescagem que iniciámos o rumo ao Mundial de 2007. Uma repescagem que foi feita passo a passo e com alguma dificuldade. Jogo a jogo, minuto a minuto, segundo a segundo, fomos passando os obstáculos.

 

Muitas vezes privados de jogadores importantes (lembro-me, por exemplo, da ausência do Frederico Sousa no jogo decisivo do Uruguai) e com alguns contratempos, logrou-se o feito histórico que parecia inalcançável.

 

Recordar, de forma objectiva e séria, esses tempos poderá ser um bom mote para o grupo que agora começa esta fase decisiva. Olhar para a frente, concentrarmo-nos a cada segundo, ser inteligentes, jogar no erro e debilidade do adversário. Jogar com personalidade e caracter. Termos a capacidade de não imitar “modelos de jogo” de outras selecções que têm outra filosofia e outras armas. Nós temos as nossas, e é com elas que vamos (ou pelo menos devíamos ir) para a guerra. Uma guerra difícil mas possível.

 

Alcançar 2007 não foi fácil e nem tudo foi rosas: antes de iniciarmos o caminho triunfante, perdêramos por mais de 80 pontos! contra a Itália numa exibição desastrosa. Tal como o caminho para os JO não tem sido. Mas, até aqui, nada está perdido e já no próximo fim-de-semana podemos começar a escrever história.

 

Boa sorte a todos e que, a cada vitória, o grupo vá amadurecendo e crescendo. Nós estaremos cá para apoiar, aplaudir e agradecer o esforço dentro de campo.

Força Portugal.

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