AGIR "vendeu" 30 instituições durante a noite

Os activistas cumpriram o prometido na véspera e voltaram a afixar faixas com a palavra "vendido" em edifícios contra os processos de privatização do Governo.

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O grupo de activistas do movimento “Eu não me vendo” voltou, na madrugada desta terça-feira, a colocar cartazes com a palavra “vendido” em diversos edifícios, na cidade de Lisboa, de instituições privatizadas pelo Governo ou que estão em processo de privatização.

A acção atingiu mais de trinta edíficios, entre os quais se incluem o Centro Cultural de Belém [com uma faixa de 20 metros], o Terminal 2 do Aeroporto de Lisboa, estações do Metro, balcões de atendimento da Segurança Social e alguns bancos.

Este acontecimento ocorreu no seguimento da colocação de uma faixa na varanda da Assembleia da República, na manhã de segunda-feira, com a palavra “vendido”, cumprindo assim o prometido de que iria haver mais acções como essa. Este incidente gerou incómodo face à facilidade com que os activistas entraram no parlamento e colocaram a faixa sem serem detectados pela segurança.

Nuno Ramos de Almeida, dirigente do AGIR [partido a que está ligado o movimento “Eu não me vendo”], diz que a colocação dos cartazes decorreu sem qualquer sobressalto e sem incidentes. “O único local onde houve mais dificuldade foi na Estação do Oriente, uma vez que é mais vigiada e onde os cartazes foram logo arrancados pela segurança”, revela.

Questionado pelo PÚBLICO se estas acções podem causar algum tipo de represálias ao AGIR, Nuno Ramos de Almeida considera que não, uma vez que estas foram acções pacíficas que poderiam ser feitas em “prédios devolutos ou em qualquer outro edifício”. Afirma que este tipo de manifestação pública contra as privatizações é para continuar e que o movimento tem intenção de alargar as acções a outras cidades.

A justificação para esta iniciativa da colocação de cartazes foi dada após o movimento assumir a responsabilidade do aparecimento da faixa “vendido” na varanda da Assembleia da República, nesta segunda-feira. O movimento afirma que “o governo vendeu tudo o que podia, por tuta e meia” e que “se prepara para entregar a Carris e o Metro, depois de vender a TAP por 10 milhões de euros”. O dirigente do AGIR Nuno Ramos de Almeida garante que as acções “vão continuar nos próximos dias".

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