Coligação acusa PS de errar “não por maldade” mas por ser “socialista”

Para Adolfo Mesquita Nunes, socialistas não conseguem convencer ninguém enquanto alternativa porque “ainda continuam em 2011”.

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Assunção Cristas participou este domingo numa sessão da coligação Portugal à Frente. Foto: Pedro Cunha

O secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes (CDS), acusou o PS de ainda estar em 2011 e de “não conseguir convencer ninguém” com os cenários alternativos que apresenta, dando a Grécia como exemplo. Numa sessão em Viseu da coligação Portugal à Frente e que contou com as presenças dos ministros da Agricultura, Assunção Cristas (CDS), e do Ambiente, Jorge Moreira da Silva (PSD), coube ao secretário de Estado do Turismo o discurso de crítica a parte da oposição a quem imputou, ironicamente, o mal de ser “socialista”.

“Aquilo que acontece com o PS é que todos os cenários alternativos que apresentou às políticas do Governo ou foram abandonados pelos seus artífices, no caso da França e no caso da Itália, ou deram naquilo que é a situação na Grécia. O país não deveria estar sujeito a esse género de circunstâncias. E, por isso, um dos nossos maiores activos destes quatro anos de Governo foi ter evitado andar à porta dos credores com chantagens e com ameaças”, disse o também dirigente do CDS, acrescentando que este é “um PS que não consegue convencer ninguém com o cenário que apresenta” porque “errou em todas as suas previsões”.

Adolfo Mesquita afirmou que o PS nos últimos anos “não errou por maldade”, o que é “natural” para quem “não reconheça o problema do défice e para quem não reconheça o problema do endividamento”.  “Erraram porque são socialistas. É natural. Aquilo que aconteceu em Portugal não é consequência de um crime. É consequência do socialismo”, ironizou. “Se o socialismo fosse bom não tínhamos chamado a troika três vezes ao longo da nossa história democrática.”

O secretário de Estado acusou ainda o PS de ser responsável por criar um clima político em Portugal em que “de um lado estão os bons e do outro os maus” e lembrou que governar “não é um filme de acção ou de espionagem”. “Aquilo que os portugueses precisam é de sensatez” e, por isso, concluiu, “enquanto o PS ainda continua em 2011, a coligação está a trabalhar nos próximos quatros anos”.

Já para o ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, a vida fica “simplificada” quando chegar a hora de votar nas próximas eleições legislativas, porque “enquanto o PS andou a sirizar, o Governo esteve a governar e a reformar”.

“O PS é responsável pelo sequestro de Portugal, pelo défice e pela dívida. Falhou no resgate porque em nenhum momento foi capaz de se colocar ao lado das medidas mais importantes promovidas por este Governo e falhou na alternativa porque basicamente nos sugere que a solução volte a ser consumo privado, volte a ser défice, volte a ser endividamento”, apontou o ministro.

Antes, e no dia em que se assinalaram quatro anos da tomada de posse do Governo, Assunção Cristas disse não ter dúvidas de que o caminho feito foi o “certo”. “É claríssimo hoje que todas as nossas apostas foram certeiras e apostas ganhas. Mas também é claríssimo que nós temos de intensificar  caminhos e esforços em algumas áreas e em outras limar e procurar novas soluções”, disse a ministra que é apontada como hipotética sucessora de Paulo Portas.

 

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