Habitar Portugal: como reestruturar uma arquitectura sob resgate?

Iniciativa da Ordem dos Arquitectos discute na segunda-feira, dia 22, no Porto, o impacto da crise na arquitectura: o que acontece à arquitectura "quando tudo muda"?

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Como vêem os arquitectos a sua profissão quando tudo muda? Maria Artigas/ Flickr

Com a quinta edição a decorrer desde Maio, o Habitar Portugal vai esta quinta-feira organizar mais um debate, desta vez para reflectir sobre a reestruturação da arquitectura num cenário de crise. A edição deste ano, comissariada pelos arquitectos Luís Tavares Pereira, Bruno Baldaia e Magda Seifert, realiza-se sob o mote “Está a arquitectura sob resgate?” e “pretende colocar em perspectiva o momento que a arquitectura atravessa no país, e o modelo desta iniciativa, através da reflexão e comparação com as anteriores edições pela voz de alguns dos seus comissários”.

Pelas 18 horas de segunda-feira, dia 22, no Porto (Café Vitória, Rua José Falcão, nº 156), vai debater-se "o momento que a arquitectura atravessa em Portugal, através da reflexão e comparação com condições diversas do exercício da profissão". Se a arquitectura está, de facto, sob resgate, estará também sob reestruturação, perguntam os organizadores do evento. "Há expectativas, realidades e mercados que mudam. Vidas, formas de funcionar. Reúnem-se arquitectos com condições diversas de exercício da profissão, geografias, experiências. Como vêem eles a arquitectura quando tudo muda?"

A iniciativa trienal da Ordem dos Arquitectos tem como objectivo dar a conhecer obras dos seus membros, concluídas nos últimos três anos (entre 1 de Janeiro de 2012 e 31 de Dezembro de 2014), através de uma selecção de trabalhos distribuídos por território nacional e internacional.  

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Luís Tavares Pereira, Bruno Baldaia e Magda Seifert são os comissários desta edição Jorge Nogueira

“Pretende-se reunir uma selecção abrangente de obras desde a escala do objecto à da paisagem ou do território, compreendendo vários tipos de programa, tanto públicos como privados, obras de diferente carácter, estendendo e reconhecendo os campos de trabalho desenvolvidos por arquitectos até outras áreas alternativas às tradicionalmente atribuídas à arquitectura”, explica a organização.

Deste Habitar Portugal 2012–14 vão nascer “duas exposições de carácter nacional em espaços de referência em Lisboa e Porto” e um programa de 12 exposições itinerantes em território nacional ao longo dos anos de 2016 e 2017”, com as obras consideradas mais relevantes pelos comissários Luís Tavares Pereira, Bruno Baldaia e Magda Seifert.

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