Feira de S. Mateus, em Viseu, reinventa-se 622 anos depois

A par das alterações físicas na reconfiguração do evento, a autarquia pensou também numa programação para conquistar o público jovem.

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Paulo Ricca

A edição deste ano da Feira de S. Mateus, em Viseu, marca uma nova fase na secular história deste certame. Uma nova disposição, um novo palco, uma nova marca e uma programação que para a autarquia viseense é a “mais atractiva para todos os públicos” são as novidades para a edição número 623 da mais antiga feira franca da Península Ibérica. O evento decorre entre os dias 7 de Agosto e 13 de Setembro. Algumas das alterações recuperam a feira de há 30 anos e a luz vai ser o fio condutor na decoração deste ano.

As barracas, as tasquinhas, as diversões, o comércio e os espectáculos musicais continuam a ser o cartaz deste certame.

“A Feira de São Mateus dá este ano um passo firme e em frente no projecto da sua revitalização e da reconciliação com a sua memória, a sua cidade e os seus públicos. Será uma Feira mais autêntica e mais atractiva, com a matriz popular de sempre. Feita pela comunidade e para a comunidade, mas também a pensar nos nossos emigrantes e em que nos visita”, anunciou o presidente da Câmara, Almeida Henriques, na apresentação do certame que decorreu na noite de quinta-feira junto à estátua de Viriato, figura histórica que volta a ter um dia a si dedicado.

O autarca desvendou algumas das novidades, desde logo a localização do palco dos concertos que vai ficar no espelho de a´gua do Rio Pavia com a Sé de Viseu como cenário. Também uma nova avenida vai rasgar o campo da Feira desde a Porta de Viriato e até ao palco.

A iluminac¸a~o das “portas de entrada” e das “avenidas” sera~o outras das inovações, assim como a disposição das barracas comerciais e de restauração. A “nova” Feira contempla também passeios nas zonas relvadas junto às margens do Rio Pavia.

“Esta disposição promete criar uma nova experiência de visita baseada no imaginário do encontro e do passeio do passado, mas também no conforto e na segurança do presente. Tudo para uma maior reconciliação com a história e a memória”, realçou Almeida Henriques.

Cartaz
No cartaz de palco a aposta passa, segundo o autarca, por “mais qualidade e mais diversidade” e uma oferta “mais qualificada para todos os públicos”, nomeadamente os mais jovens e que  vai “preencher uma lacuna identificada em edições anteriores”.

Banda do Mar, Diabo na Cruz, D.A.M.A., Anselmo Ralph, Agir, João Bota, Slimmy, Azeitonas, Greyhound James Band e Kura são alguns dos artistas presentes.

Para o público em geral, estão já confirmadas as presenças de António Zambujo, Daniela Mercury, Tony Carreira (actua no Dia do Emigrante), Pedro Abrunhosa, Xutos & Pontapés e José Cid.

O palco vai ainda receber o Festival Internacional de Folclore (16 de Agosto) e nomes da região como Mara Pedro, o Coro Mozart e bandas filarmónicas e ranchos folclóricos.

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