Feira Nacional da Agricultura destaca potencial da floresta portuguesa

Certame de nove dias arranca este sábado em Santarém com investimentos significativos na melhoria das condições para visitantes e animais expostos

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Na sede do clube recreativo de Vilarinho, há um almoço comunitário que junta cientistas da Universidade de Coimbra à comunidade local, com a qual trabalhou nos últimos três anos para melhor compreenderem a floresta Dato Daraselia

Voltar a ultrapassar a barreira dos 200 mil visitantes é um dos principais objectivos da 52ª. Feira Nacional da Agricultura (FNA) que hoje (sábado, dia 6) arranca no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas de Santarém (CNEMA). São nove dias de múltiplas actividades ligadas ao campo, à pecuária e ao ambiente, num certame cuja organização já envolve 1 milhão de euros. O orçamento da FNA cresce, este ano, cerca de 100 mil euros, verba que foi utilizada sobretudo na melhoria das condições para expositores e visitantes, com mais áreas de sombra, mais sinaléctica e a reorganização dos espaços de exposição dos animais.

O tema central da edição 2015 da Feira Nacional da Agricultura é a “Floresta Portuguesa”, mas haverá mais atractivos com 13 seminários e colóquios específicos, o já habitual Salão Prazer de Provar, a 3ª. Lusoflora de Verão, o Festival Nacional do Vinho, salões nacionais da alimentação e do azeite e a Feira Empresarial da Região de Santarém (70 expositores). Ao nível da animação, destacam-se concertos com os The Gift, com os Azeitonas e com o angolano Anselmo Ralph, para além das inúmeras actividades ligadas à música popular e ao folclore. Em 2014, a FNA registou 203 mil visitantes, cerca de 30 mil dos quais profissionais do sector, e o objectivo do CNEMA é ultrapassar estes números na edição 2015.

Por isso, Luís Mira, presidente do conselho de administração do CNEMA, diz que uma das preocupações da organização foi, este ano, fazer “um investimento significativo na melhoria de condições para quem visita a feira”. A Nave C e a área de restauração exterior vão contar com “sistemas de arrefecimento” que permitirão a empresas e clientes um maior conforto térmico e as próprias ruas terão diversas “zonas de sombreamento” para comodidade de todos aqueles que as frequentam.

Na zona pecuária vão ser instaladas novas estruturas, que irão permitir reagrupar e melhorar as condições de exposição das centenas de animais que também compõem a feira e que ali permanecem durante pelos menos 10 dias, sujeitos às condições climatéricas. “Deste modo, os visitantes poderão apreciar equinos, bovinos, caprinos, ovinos e suínos, entre outras espécies, sem percorrer grandes distâncias”, refere o CNEMA.

Devido à dimensão da feira, o recinto também vai contar com sinalética específica com o objetivo de criar circuitos de visita para profissionais e público em geral. O intuito é permitir que seja mais fácil identificar o percurso a efectuar, “com comodidade e sem muita dispersão”.

Os resíduos de plástico gerados por uma feira com esta dimensão são outra preocupação. A Feira Nacional da Agricultura assume, este ano,  uma parceria com a Resitejo – Associação de Gestão e Tratamento dos Lixos do Médio Tejo, que permite dotar o recinto com diversas “baterias” para separação dos resíduos (papel, vidro e embalagens). Neste contexto, a Resitejo e a Sociedade Ponto Verde vão dinamizar um espaço com 150 m2 com o objectivo de alertar para a importância desta temática. Paralelamente, e em colaboração com uma empresa do sector, também será feita a recolha de óleos alimentares usados.

13 seminários e colóquios

Os debates sobre temática ligada à agricultura e à floresta marcam, igualmente, esta edição 2015 da Feira Nacional da Agricultura. São treze iniciativas integradas nas chamadas “Conversas de Agricultura”, com realce para o “V Seminário – O Futuro dos Jovens Agricultores”, que a Confederação dos Agricultores Portugueses promove no dia 8 de Junho.

Destaque, também, para o “Congresso do Azeite” (08 Junho), para o seminário “Estratégias de Internacionalização da Fileira Agro – Alimentar” (11 Junho) e para aIII Jornadas Técnicas da Associação Portuguesa de Enologia” (12 Junho). O “Nacional de Regantes” realiza-se, também, no dia 8. No dia seguinte falar-se-á de “Novas Tecnologias na Produção do Milho” e, no dia 12, estará em foco o planeamento dos recursos hídricos.

 

 

 

 

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