Portugal volta a falhar o apuramento para a Cup

A selecção nacional terminou o primeiro dia da penúltima etapa do Circuito Mundial no último lugar do Grupo C, com três jogos e três derrotas

Foto
Luís Seara Cardoso

Um primeiro jogo de bom nível (Escócia), um segundo fraco (Fiji) e um terceiro desastroso (País de Gales). Portugal iniciou a participação na penúltima etapa do Circuito Mundial de sevens com três derrotas, falhando mais uma vez um lugar na Cup (oito primeiros lugares). O mau dia do Japão, concorrente directo na luta pela manutenção na competição, atenuou a má prestação em Glasgow. Neste domingo, nos quartos-de-final da Taça Bowl, Portugal terá como adversário o Quénia terceiro classificado no Grupo B, num encontro com início marcado para as 11h36.

 

No jogo de estreia em Glasgow, a prestação portuguesa teve muitos pontos positivos, mas mais uma vez faltou um pouco de sangue frio nos momentos decisivos. A jogarem em casa, os escoceses adiantaram-se no marcador com um ensaio de Riddell, numa jogada onde o mérito pertenceu por inteiro a Colin Gregor.

Foto

 

Foto

Portugal, no entanto, reagiu muito bem. Após o pontapé de recomeço da partida, a selecção nacional conquistou a bola, que chegou às mãos de Adérito Esteves que fez o que mais gosto: ligou o turbo, deixou um par de adversários para trás e só parou na linha de ensaio (7-7).

 

Com a partida equilibrada, Portugal soube manter um ligeiro ascendente e chegaria à vantagem a um minuto do fim da primeira parte com um ensaio de David Mateus, onde Pedro Leal realizou uma assistência de grande nível (14-7).

 

Porém, a equipa portuguesa não soube preservar a precisa vantagem de sete pontos até ao intervalo e na “bola de jogo” da primeira parte, a Escócia reduziu para 14-12. Nos últimos sete minutos, o jogo revelou-se algo confuso, com as duas equipas a cometerem alguns erros não forçados, mas os escoceses foram pressionando e a um minuto e meio do fim passaram para a frente: 19-14.

 

Com tempo para apenas uma posse de bola, Portugal ainda conseguiu construir um bom contra-ataque que parecia condenado a terminar com ensaio nacional, mas a cinco metros do objectivo, um passe de Adérito Esteves para Gonçalo Foro foi interceptado, garantindo a vitória dos britânicos.

 

Seguiu-se o duelo contra as Fiji e o jogo esteve sempre sob controlo fijiano. A equipa do Pacífico rapidamente ganhou uma vantagem de 14-0, mas a cerca de um minuto do fim da primeira parte, um bom contra-ataque de Nuno Sousa Guedes, resultou numa combinação com José Lima e, após alguma sorte à mistura num ressalto, a bola regressou ao jogador do Direito que fez o 14-7.

 

O ensaio colocava Portugal de novo na discussão da partida, mas a “bola de jogo” da primeira parte voltou a custar pontos à equipa nacional: um mau passe de Gonçalo Foro deu a oportunidade aos fijianos de fazerem o seu terceiro ensaio (21-7).

 

No segundo tempo, a exibição de Portugal baixou de qualidade e Fiji fez mais dois ensaios (33-7), mas a um minuto do final, Adérito voltou a provocar estragos: depois de Diogo Miranda recuperar uma bola, o 7 português levou tudo à frente e marcou o seu 93.º ensaio no Circuito Mundial. Fiji, todavia, ainda teve tempo para mais um ensaio (40-12).

 

Com a vitória da Escócia contra o País de Gales no jogo seguinte, Portugal ficou imediatamente excluído da Cup e último jogo contra os galeses servia para definir quem ficaria no terceiro lugar. E o jogo foi um passeio para os britânicos. Perante uma formação nacional que apenas fez figura de corpo presente, o País de Gales venceu de forma clara (42-7) e entregou a Portugal a última posição. Adérito Esteves, para não variar, fez o ensaio português.

 

Apesar de ter falhado mais uma vez o apuramento para a Cup, Portugal voltou a ter boas notícias do grande rival. Ao contrário do que tinha acontecido na última etapa, onde a jogar em casa chegou aos oito primeiros, desta vez o Japão, apesar de ter começado bem (empate com a Argentina), não foi além do último lugar no Grupo D.

 

Portugal partiu para a etapa escocesa com oito pontos de vantagem sobre os nipónicos, que ocupam o último lugar na competição. A equipa que terminar a prova, que termina dentro de uma semana em Londres, na derradeira posição, perderá o estatuto de equipa residente e será substituída pela Rússia.

Sugerir correcção
Comentar