Holy Nothing e um mar de cor à pista

Depois da primeira amostra em 2013 com o hit “Nothing Is Fun”, e do EP “Boundaries” em 2014, o trio portuense Holy Nothing tem vindo a afirmar uma estética musical na qual a eletrónica navega com vários ritmos à vista, ou vislumbrados de geografias distantes. Por vezes, pressentíamos um som de “calypso” estilizado, noutras, uma vaga “cumbia” reconfigurada. Mas a componente visual (arte gráfica, live visuals, videoclipes) esteve presente desde o início do projeto, e para o álbum “Hypertext”, previsto para setembro, prometem “uma panóplia de novas invenções gráficas”. Por isso, neste “Mind”, o segundo de apresentação, é o primeiro videoclipe performativo da banda e visa apresentar um novo trabalho visual para os concertos, que terá a mão do colaborador Rui Monteiro no uso da iluminação com um sentido de instalação. No entanto, com uma manifesta vocação do tema às pistas de dança, o vídeo proporciona esse estímulo hipnótico de imersão de luz e inundação de cor mas com um brilhantismo plástico que poucos conseguem dar como o incontornável Vasco Mendes.

 

Texto escrito segundo o novo Acordo Ortográfico, a pedido do autor.