Parque das Nações vai inquirir residentes para definir prioridades

Investigadores vão conhecer melhor as características dos residentes.

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Proposta do PS e PSD para criação da freguesia do Parque das Nações será votada na sexta-feira na Assembleia da República Enric Vives-Rubio

Investigadores da Universidade Lusófona, sob orientação da Junta do Parque das Nações, vão realizar, a partir desta segunda-feira e durante um mês, inquéritos à população residente naquela freguesia lisboeta, para traçar um diagnóstico social e escolher prioridades.

Em causa está a análise de “áreas estruturantes” como o emprego, a habitação, a demografia, os factores de exclusão social, o acesso à saúde e à educação e ainda a caracterização socioeconómica, explica a Junta de Freguesia do Parque das Nações numa nota enviada à agência Lusa.

A freguesia do Parque das Nações é gerida, desde as eleições autárquicas de Setembro de 2013, pelo grupo de cidadãos Parque das Nações Por Nós (PNPN), liderado por José Moreno, antigo responsável pela associação dos moradores e comerciantes da zona.

Esta é a freguesia mais recente do país, que agrega áreas que pertenciam à freguesia dos Olivais (Lisboa) e ao concelho de Loures, no âmbito da reforma administrativa.

Para além dos concelhos de Lisboa e de Loures, o território do Parque das Nações também teve, durante anos, tutelas repartidas pela Parque Expo – empresa pública em liquidação criada para gerir a Expo'98 – recorda a Junta, falando numa “situação atípica [que] causou com frequência sobreposições e conflitos de informação entre as várias entidades”.

Por isso, o executivo da freguesia “decidiu avançar para um inquérito à população fundamentado em critérios científicos, de forma a obter um diagnóstico o mais completo possível e com dados fiáveis, que constituem o melhor suporte à definição de prioridades e à sua execução eficaz”, refere a nota.

Esta foi uma das promessas eleitorais do programa social e de intervenção comunitária do PNPN, enquadrado numa “visão a 2020”, com vista a futuras candidaturas a fundos comunitários.

“O documento estratégico propõe a criação de instrumentos que contribuam para dar resposta às necessidades da população tendo como valor de base a redução das assimetrias”, lê-se no comunicado.

A freguesia tem cerca de 25 mil residentes, entre os quais nacionais e estrangeiros que vêm trabalhar para Lisboa. Para este estudo, vai ser auscultada 10% da população, distribuída pela área poente, sul e nascente.

Segundo a nota da freguesia, a estrutura dos inquéritos de rua (feitos em áreas estratégicas) e os métodos de análise e cruzamento de dados garantem um intervalo de confiança de cerca de 95%.

O estudo culminará com um relatório final, do qual constará o levantamento feito e as respectivas conclusões.

 

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