ACP reconduz Carlos Barbosa por mais quatro anos
Gestor venceu com 67% dos votos e na tomada de posse acusou a lista adversária, liderada por Raposo Magalhães, de ter tentado destruir a imagem do clube
Os sócios do Automóvel Club de Portugal (ACP) reconduziram Carlos Barbosa para um novo mandato de quatro anos à frente da histórica instituição, fundada em 1903. Com 67% dos votos, o gestor bateu folgadamente a lista concorrente, liderada por António Raposo Magalhães, após uma campanha eleitoral marcada por muitas acusações, queixas ao Ministério Público e algumas irregularidades na recolha dos votos.
Incidentes que não foram esquecidos por Carlos Barbosa no discurso de tomada de posse, na noite desta quinta-feira. “Levará algum tempo a recuperar a imagem do clube que estes sócios tentaram destruir, chegando ao inconcebível ponto de procurar captar votos após o contacto abusivo com os associados nas suas moradas. Nestas eleições venceu a educação sobre a sobranceria e a maledicência, a verdade sobre a mentira”, denunciou, deixando um aviso aos opositores: “Os tribunais e as autoridades de investigação vão prosseguir o caminho para apurar responsabilidades de quem possa ter violado dados privados dos sócios e do ACP, para fins eleitorais ou de simples devassa, e a quem foram entregues.”
Carlos Barbosa garantiu ainda que pretende cumprir nos próximos quatro anos as “seis grandes propostas” que submeteu à aprovação dos sócios durante a recandidatura. “A emissão de cartas de condução no ACP; a abertura de mais Oficinas ACP no país; a abertura do Centro de Inspecção Periódica Obrigatória ACP; levar o ensino das nossas escolas de condução ao resto do País; disponibilizar um serviço de ambulâncias ACP para transporte de doentes; e realizar o WRC Rally de Portugal no Norte nos próximos quatro anos.”
Dos 252 mil sócios que o ACP contabilizava no final de 2014, votaram apenas 31 mil neste acto eleitoral (número de votos considerado válidos), recolhendo a Lista B de Carlos Barbosa a preferência de 21791. Já a Lista A de Raposo Magalhães - que teve o mérito de reunir o apoio público dos presidentes do Benfica, FC Porto e Sporting - contabilizou 10206 (33%).