Italiano Alessandro Gatto volta a vencer PortoCartoon

Concurso do Museu Nacional da Imprensa teve, pela primeira vez, uma mulher distinguida.

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Luz protectora, da polaca Izabela Kowalska-Wieczorek
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Lampião, do russo Andrei Popov
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Cristiano Ronaldo, pelo polaco Krzysztof Grondziel
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Janela, do italiano Alessandro Gatto
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Ernest Hemingway, pelo brasileiro Dalcio Machado

O italiano Alessandro Gatto venceu o grande prémio do 17.º PortoCartoon, organizado pelo Museu Nacional da Imprensa (MNI), no Porto, num evento que se estreia na atribuição de um prémio a uma mulher.

Na conferência de imprensa para o anúncio dos premiados deste ano, em que a competição esteve subordinada ao tema A Luz, o director do museu, Luís Humberto Marcos, lembrou esta segunda-feira que Alessandro Gatto já havia vencido o galardão há três anos – agora transformado em escultura na Praça de Lisboa, na Baixa da cidade – e salientou ser "muito honroso" para a instituição ver o trabalho Window (janela, em inglês) distinguido.

O segundo prémio do concurso foi atribuído a Safe Light (luz segura, em inglês), da polaca Izabela Kowalska-Wieczorek, a primeira mulher a ser premiada no PortoCartoon, enquanto o terceiro prémio foi para o russo Andrei Popov por Lantern (lampião, em inglês).

Nas categorias especiais dedicadas ao futebolista Cristiano Ronaldo e ao escrito Ernest Hemingway, foram premiados, respectivamente, o polaco Krzysztof Grondziel e o brasileiro Dalcio Machado.

"Em apreciação estiveram cerca de 1.700 obras, de quase 500 artistas, oriundas de todos os continentes. Portugal é o país com mais participação: com 154 trabalhos, de 62 cartoonistas. Seguem-se o Irão (152), Roménia (121), Turquia (101), Sérvia (82), Brasil e Rússia (ambos com 57), Ucrânia (53) e Polónia (45)", referiu o MNI em comunicado.

O júri da edição deste ano foi composto pelo professor universitário e designer Andrew Howard, pelo presidente da Federação de Organizações de Cartoonistas, Bernard Bouton, por Luís Humberto Marcos, pelo representante da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, Luís Mendonça, pelo encenador Roberto Merino e pelo fundador do Museu de Humor de Fene, Xaquín Marín, com o cartoonista do Charlie Hebdo Georges Wolinski, assassinado no começo deste ano em Paris, como presidente honorário.

Na conferência de imprensa, Andrew Howard estabeleceu a relação entre o humor e a filosofia, que partilham a mesma missão: "Descrever o mundo para que possamos compreendê-lo melhor".

Os trabalhos premiados vão ser expostos no MNI no próximo mês de Junho.


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