O Largo do Intendente vai ter "Urban Umbrellas"

O projecto vencedor do concurso de ideias promovido pelo FabLab tem a assinatura do informático belga Pierre Perissinotto

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Faça chuva ou faça sol, o Largo do Intendente, em Lisboa, vai ganhar estruturas em forma de guarda-sol (ou guarda-chuva), projecto vencedor do concurso de ideias promovido pelo FabLab — laboratório municipal de fabricação digital destinado a elaborar protótipos. O inventor chama-se Pierre Perissinotto, informático belga que decidiu desenhar o "Urban Umbrella".

Quando Pierre, 37 anos (há quatro anos em Portugal), viu o cartaz do concurso, fez-se luz. Porque não utilizar a estrutura dos candeeiros de iluminação do Largo do Intendente para fixar chapéus que protejam da sombra no Verão e que abriguem da chuva no Inverno? "A ideia inicial era não tapar o espaço, que é muito bonito", disse ao P3 Pierre Perissinotto, que, de uma assentada, queria dar resposta a esses dois problemas.

As estruturas vão abrir e fechar num "movimento circular e espiral, algo absurdo" (completamente ou parcialmente), estarão elevadas a quase três metros e os seus raios irão suportar fotografias, cartazes ou programas de eventos daquela zona.

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Mais, a estrutura deverá ser manipulada por qualquer transeunte — e não deverá funcionar com a corda de uma bandeira, que só é hasteada em feriados ou ocasiões especiais. "No meu entender, o mobiliário urbano tem que ser manipulado, não pode ser rígido e fixo. Não deve ser vandalizado, mas tem que estar sujeito à interacção com as pessoas", explica o inventor que concorreu com gabinetes de arquitectura e especialistas em design.

Não se sabe ainda quantos "urban umbrella" serão instalados e qual a data de implementação da ideia. "A Câmara quer que a estrutura esteja activa durante três anos, que é o prazo de crescimento das árvores desta praça remodelada, um bairro sensível e uma zona com muitas áreas cinzentas onde as pessoas passeiam."

As estruturas serão transparentes para que a luz dos candeeiros possa atravessá-los e projectar formas e cores no chão.

Recorde-se que as dez melhores ideias estiveram em votação nos últimos dias. O financiamento, refira-se, será suportado pelo FabLab Lisboa e pela Câmara. Os vencedores recebem prémios que variam entre os 1.500, 1.000 e 500 euros, para o primeiro, segundo e terceiro classificados, respectivamente. Os restantes receberão uma menção honrosa e poderão ter, futuramente, os seus projectos aplicados noutras zonas da cidade. 

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