André Jordan diz que investimento americano em Vilamoura traz confiança ao mercado

"Agora vai ser preciso um longo trabalho de relançamento”, diz empresário.

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O empresário André Jordan, que desenvolveu o projecto turístico de expansão de Vilamoura, disse hoje à Lusa que a compra daqueles activos por parte de um fundo norte-americano vai trazer um importante sinal de confiança ao mercado.

O negócio entre o Catalunya Bank (donos da Lusotur/Vilamoura) ao fundo norte-americano Lone Star já tinha sido noticiado na quinta-feira passada, mas esta terça-feira o Diário de Notícias avança o valor, afirmando que a venda foi feita por 200 milhões de euros.

A Catalunya estava no capital da Lusort desde 2006, embora no início o tenha feito em parceria com o grupo imobiliário andaluz Prasa, a quem o empresário André Jordan vendeu a antiga Lusotur Imobiliária, por 360 milhões de euros. Este negócio, de 2004, também foi disputado pela Amorim Imobiliária e um consórcio liderado pelo grupo Espírito Santo (que incluía o Deutsche Bank e a espanhola Lar).

Para a CBRE, que assessorou a Catalunya (detida pelo BBVA) na operação de venda, a transacção agora efectuada foi a “maior operação no sector do turismo em Portugal dos últimos dez anos”.

Esta terça-feira, em declarações à agência Lusa, André Jordan, o empresário que promoveu a expansão de Vilamoura lembrou que, quando vendeu o empreendimento, fez o maior negócio da história do imobiliário em Portugal, num total de 500 milhões de euros, mas que hoje as condições são diferentes.

"Na altura, vendi a Lusotur por 380 milhões de euros e, depois, vendi a Lusotur Golfes por 120 milhões de euros", afirmou, acrescentando que os activos agora vendidos já não são os mesmos, além de que houve "ajustamentos no mercado", devido à crise. "A entrada da Lone Star é o maior investimento desde a crise", referiu. Para André Jordan, o negócio agora formalizado representa "um voto de confiança" que pode ser muito importante para novos investimentos estrangeiros, mas também para o mercado a retalho. "Agora vai ser preciso um longo trabalho de relançamento de Vilamoura", estimou. O empresário contou que já teve oportunidade de conversar com os investidores e que estes vão "investir muito" em marketing e promoção: "Ninguém investe 200 milhões para perder".

André Jordan classificou o negócio como positivo, referindo que a venda não foi concretizada antes porque não havia comprador. "É um sinal muito positivo. Penso que o investimento representa um sinal de confiança de um dos grandes fundos americanos", sublinhou, acrescentando que não se trata da compra de vistos Gold, mas de terrenos para investimento futuro. "É um factor estimulante para o mercado, gera confiança nos investidores e nos próprios compradores. Isso aconteceu com os nossos investimentos no mercado", lembrou. com Lusa

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