RTP acaba com cargo de director de estratégia de grelha

Luís Marinho não terá qualquer posição directiva no novo organograma apresentado pela administração. RTP vai buscar ao mercado dois novos directores.

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Os nomes dos novos directores seguiram hoje para o conselho geral independente Pedro Cunha (arquivo)

A nova estrutura orgânica da RTP que foi apresentada esta sexta-feira pela administração ao conselho geral independente acaba com o cargo intermédio de director de estratégia multiplataforma, criado há apenas quatro meses e meio por Alberto da Ponte.

O PÚBLICO apurou que Luís Marinho não terá qualquer cargo directivo na nova estrutura. Marinho era até Novembro director-geral de conteúdos, um cargo que gerou controvérsia porque não constava da lei que define a organização do serviço público.

Além da nova estrutura, a administração liderada por Gonçalo Reis apresentou também ao conselho geral independente os nomes que escolheu para as direcções de informação da rádio e televisão, assim como da RTP2.

O PÚBLICO soube que dois dos nomes foram recrutados no mercado, enquanto outros dois são internos.

Serão, assim, substituídos José Manuel Portugal (director de informação da televisão), Hugo Andrade (director de programas), Elísio de Oliveira (director da RTP2) e Fausto Coutinho (director de informação das rádios).

O único director que se mantém é Rui Pêgo, que segura o seu lugar como director de programas das antenas de rádio.

A informação sobre os nomes escolhidos segue ainda esta tarde para a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), que tem dez dias para se pronunciar sobre as destituições e as nomeações — mas se decidir pedir informação adicional esse prazo pode estender-se até 20 dias.

Em qualquer dos casos, são pareceres prévios e vinculativos. O conselho regulador terá que ouvir os directores exonerados, assim como os nomeados.

O organograma vigente na RTP fora alterado em Outubro pela equipa então liderada por Alberto da Ponte e foi também um dos pomos da discórdia entre a administração e o conselho geral independente. O CGI considerava que antes de mexer na estrutura organizativa, a administração devia, primeiro, apresentar o seu plano estratégico — mas Alberto da Ponte preferiu contrariar o novo órgão de supervisão.

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