Depois dos EUA, museus da Europa proíbem selfie sticks

Protecção das obras e dos visitantes queixosos justificam medida no Reino Unido e em França.

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Um casal usa um selfie stick no exterior do Louvre, em Paris DOMINIQUE FAGET/AFP

O Palácio de Versailles, em França, e a National Gallery de Londres juntaram-se aos espaços museológicos que estão a proibir a utilização de selfie sticks. A partir desta quarta-feira não será permitida a utilização dos dispositivos que permitem tirar fotografias à distância com o smartphone ou máquina fotográfica. Os museus afirmam que pretendem proteger visitantes e obras.

Nas últimas semanas, a decisão tem sido tomada por vários museus e espaços de interesse cultural, que manifestaram receios sobre a utilização de selfie sticks em algumas áreas das suas instalações. O museu Smithsonian, em Washington, Estados Unidos, barrou a entrada dos aparelhos na semana passada, justificando a decisão com uma “medida preventiva para proteger visitantes e objectos”, especialmente em dias de muito movimento.

Ainda nos Estados Unidos, o Museum of Modern Art (MOMA), em Nova Iorque, o Met, a National Gallery em Washington, o Getty Center em Los Angeles, e o Museum of Contemporary Art ,em Chicago, seguiram os mesmos passos.

Na Europa, o Palácio de Versalhes efectivou desde quarta-feira a proibição no interior. Apenas nos jardins e parque do palácio francês os visitantes poderão utilizar selfie sticks. Os guardas do palácio começaram a interpelar os visitantes que utilizam a extensão para tirar fotografias sem a ajuda de terceiros para a guardarem quando circulam no interior do edifício. Ainda em França, o Louvre e o Centro Pompidou estão a analisar a hipótese, segundo a AFP.

No Reino Unido, o British Museum está a rever a sua política quanto ao uso deste tipo de dispositivos, mas a National Gallery de Londres já tomou a decisão. “No seguimento da popularização recente da tirada de selfies, a National Gallery prefere tomar medidas de precaução”, indicou à AFP uma porta-voz do museu londrino. O museu receia pela integridade das obras expostas quando o dispositivo é utilizado de forma negligente e quer defender o visitante que não quer ser incomodado quando vê uma exposição por terceiros estarem a tirar fotografias junto à obra.

“Tirar fotografias para fins pessoais e não profissionais é autorizado na National Gallery. Mas a utilização de flash e de tripés não é permitida”, dá como exemplo a mesma porta-voz, que confirmou à AFP que, neste caso, os selfie sticks estão a ser equiparados aos tripés usados com máquinas fotográficas.

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