Figo propõe Mundiais de futebol com 40 ou 48 selecções

O português apresentou, em Londres o seu manifesto eleitoral à FIFA. Defende o recurso à tecnologia, mas sem que isso sirva para um debate permanente sobre o que suecede em campo.

Luís Figo durante a apresentação do seu manifesto eleitoral à FIFA, em Londres
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Luís Figo durante a apresentação do seu manifesto eleitoral à FIFA, em Londres Alex Morton/Reuters
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Figo no estádio de Wembley, na apresentação do seu manifesto eleitoral à FIFA Alex Morton/Reuters
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Luís Figo Alex Morton/Reuters
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Figo respondeu às perguntas dos jornalistas na apresentação do seu manifesto eleitoral à FIFA Alex Morton/Reuters
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A conferência de imprensa em Londres Alex Morton/Reuters

Luís Figo revelou, nesta quinta-feira, em Londres, quais são as suas principais propostas eleitorais na corrida para a presidência da FIFA. Uma das mais relevantes é a realização de Campeonatos do Mundo de futebol com a participação de 40 ou 48 selecções.

O antigo internacional português avançou com a ideia de aumentar o actual número de 32 países participantes nos Mundiais (competição disputada em oito grupos de quatro equipas). Figo sugere alargar a prova a 40 selecções, divididas em oito grupos de cinco equipas ou a 48 selecções, passando o Mundial de futebol a ser, inicialmente, um torneio disputado em simultâneo em dois continentes diferentes por 24 países, com os apurados a juntarem-se, posteriormente, numa segunda fase.

Segundo Figo, estas duas opções seriam realizáveis, bastando para tal que se aumentasse em três ou quatro dias a duração do Mundial.

Finanças
Figo defendeu ainda que "50% das receitas da FIFA - ou seja 2,5 mil milhões de dólares - sejam distribuídas pelas federações nacionais" nos próximos quatro anos. O português considera que 500 milhões de dólares são suficientes para assegurar os custos operacionais da FIFA, propondo por isso que "mil milhões de dólares [do fundo de reserva] sejam devolvidos às federações" para que estas promovam o desenvolvimento do futebol. Figo fez questão de frisar que este fluxo financeiro será  “auditado”, de forma a assegurar que o dinheiro tenha o destino certo. A expectativa é de que aumente em 10% o número de jovens praticantes da modalidade registados nas federações.

O jogo
O antigo jogador do Sporting, Barcelona, Real Madrid e Inter de Milão abordou ainda questões relacionadas com as leis do jogo e prometeu que apoiará alterações, nomeadamente no fora de jogo. Figo confessou ainda ser defensor da tecnologia da linha de golo, que gostaria de ver aplicada de forma generalizada. "Quero estudar os calendários, as regras do jogo, o formato das competições, mas tudo de uma maneira dialogada e consensual. Proponho duas reformas: adoptar a tecnologia de linha de baliza e alterar a velha definição do fora de jogo. Quero mudar normas, revê-las a cada quatro anos e que se discuta o recurso à tecnologia para mais situações, mas que ela não sirva para um contínuo debate sobre o que acontece em campo", declarou.

Por que se candidata
Quanto às motivações para a sua candidatura, aquele que ainda hoje em dia é o mais internacional futebolista português (127 internacionalizações) justificou-a com o facto de “ao longo dos últimos meses e anos" ter visto a imagem da FIFA a "degradar-se". "Jogadores, directores, treinadores, todos me dizem que algo deve mudar”, afirmou, acrescentando depois que não é alguém para ficar de braços cruzados.

Nas eleições à presidência da FIFA, que vão decorrer no dia 29 de Maio, para além de Figo concorrem o actual presidente do organismo que gere o futebol mundial, o suíço Joseph Blatter, o presidente da Federação Holandesa de Futebol, Michael Van Praag, e o príncipe jordano Ali Bin Al Hussein, membro do comité executivo da FIFA.

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