Nigéria reivindica morte de 300 combatentes do Boko Haram

Ofensiva levou à recuperação de 11 cidades e aldeias desde o início da semana, segundo o Exército.

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Vestígios de ataque do Boko Haram nos Camarões Bate Felix Tabi Tabe/REUTERS

O Exército nigeriano anunciou ter matado mais de 300 combatentes do Boko Haram e ter recuperado 11 cidades e aldeias desde o início da semana, entre as quais Monguno, no estado de Borno, Nordeste, tomada a 25 de Janeiro pelo grupo islamista.

“Mais de 330 terroristas foram mortos e um punhado de outros foram capturados”, declarou o porta-voz do Ministério da Defesa, Chris Olukolade, citado pelas agência noticiosas. O Exército perdeu dois soldados e dez outros foram feridos, acrescentou.

A operação de reconquista teve apoio aéreo. As baixas das forças militares nigerianas não foram confirmadas por qualquer fonte independente, assinala a AFP.

Atentados-suicidas atribuídos a islamistas estão também a provocar inúmeros mortos. Na terça-feira morreram 36 pessoas em Yamarkumi, perto de Biu, no Nordeste, segundo fonte hospitalar. No mesmo dia, um kamikaze fez-se explodir num restaurante em Potiskum, capital económica do estado de Yobe, causando a morte de duas pessoas e ferimentos graves em treze.

O Boko Haram promete impedir a realização das eleições gerais que estavam previstas para 14 de Fevereiro e foram adiadas para 28 de Março devido aos ataques do grupo islamista . “Esta eleição não se realizará mesmo que sejamos mortos. Mesmo que não estejamos vivos, Alá não a vai permitir”, disse o líder, Abubakar Shekau, num vídeo divulgado na terça-feira na rede social Twitter.

O grupo islamista controla vastas áreas do Nordeste da Nigéria e estendeu os seus ataques a três países vizinhos – Camarões, Níger e Chade. Estes países mobilizaram tropas para combater o Boko Haram e o Chade interveio em solo nigeriano.

No Sul do país, houve também na terça-feira um episódio de violência associado à campanha eleitoral. Uma explosão e tiros interromperam um encontro do principal partido da oposição em Okrika, cidade do estado petrolífero de Rivers. Um polícia foi morto e quatro ficaram feridos, tal como um jornalista, que foi apunhalado.

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