União Europeia alarga lista de sanções à Rússia

Entre os novos nomes visados estão dois vice-ministros russos e um subchefe do Estado Maior.

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União Europeia acrescentou mais dirigentes separatistas à lista de sanções Maxim Zemeyev / Reuters

A União Europeia (UE) publicou nesta segunda-feira os nomes das pessoas e entidades cujos bens e contas vão ser congelados em resposta à situação na Ucrânia, entre eles dois vice-ministros da Defesa da Rússia.

O alargamento das sanções aplicadas à Rússia já tinha sido anunciado a 29 de Janeiro, após o bombardeamento pelos rebeldes do porto de Mariupol, controlado pelo Exército ucraniano, que causou 30 mortos. Deveriam ter entrado em vigor a 9 de Fevereiro, mas o Conselho Europeu decidiu adiar essa data para não comprometer a iniciativa franco-alemã que negociou um cessar-fogo em Minsk.

Sâo 19 pessoas que vão ser acrescentadas à lista, na sua maioria dirigentes separatistas ucranianos, mas há alguns russos, como Arkadi Bakhin e Anatoli Antonov, respectivamente primeiro vice-ministro e vice-ministro da Defesa. São acusados de “apoio ao destacamento de tropas russas para a Ucrânia”, segundo os motivos publicados no jornal oficial da UE.

Também incluídos estão Andrei Kartapolov, subchefe do Estado-maior russo, por participar “activamente na organização e execução da campanha militar das forças russas na Ucrânia”, e Iosif Kobzon, um popular cantor nas décadas de 60 e 70, conhecido como o “Frank Sinatra russo”. Membro da Duma, visitou a autoproclamada República Popular de Donetsk, e fez declarações de apoio aos separatistas, sendo depois nomeado cônsul honorário da RPD na Rússia.

As entidades acrescentadas à lista das sanções são essencialmente grupos armados separatistas da Ucrânia, como a “Guarda Nacional Cossaca” ou o “Batalhão Sparta”.

A decisão de manter a publicação de mais nomes, apesar do acordo de cessar-fogo obtido em Minsk na semana passada, foi defendida pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, já após a cimeira de dia 12 de Fevereiro, afirmando que a UE está disposta a manter a pressão para “encorajar a Rússia” a aplicar o cessar-fogo.

“A nossa confiança na boa vontade do presidente Putin é limitada”, declarou Tusk na altura.

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