Irlanda e País de Gales partem na pole position

O Torneio das Seis Nações, a mais antiga competição de selecções, arranca nesta sexta-feira no Millenium Stadium com um grande jogo entre galeses e ingleses

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Em teoria apenas duas selecções estarão fora da luta pela vitória (Escócia e Itália), mas, contrariando a tendência da última década, França e Inglaterra parecem partir atrás de Irlanda e País de Gales na luta pela conquista da 121.ª edição do Torneio das Seis Nações. Os ingleses surgem enfraquecidos por uma mão-cheia de lesões e terão nesta sexta-feira, no Millenium Stadium, em Cardiff, um exame esclarecedor quanto às suas possibilidades. A França, um íman constante de problemas, tem um calendário complicado e dificilmente conseguirá evitar ficar cinco anos consecutivos sem conquistar o Seis Nações, algo que já não acontece desde 1954.

Há dois anos a vitória foi do País de Gales. No ano passado, a festa foi feita pela Irlanda. Em 2015, galeses e irlandeses parecem partir na pole position para voltarem a erguer o desejado Championship Trophy. Embora o bom senso aconselhe reservas quanto a previsões no Torneio das Seis Nações, as lesões, o calendário e as prestações mais recentes colocam a Inglaterra e a França em maus lençóis.

As dúvidas, no entanto, começarão a ser dissipadas já nesta sexta-feira, em Cardiff. O pontapé de saída para a prova será dado no Millenium Stadium com um duelo que terá, certamente, um peso decisivo para a definição do vencedor da competição.

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Depois de três segundos lugares consecutivos e em ano de Mundial, que terá a responsabilidade de organizar, a Inglaterra, de Stuart Lancaster, estará sob pressão e terá ainda bem fresco na memória o resultado da última deslocação ao País de Gales: 3-30. Os problemas de Lancaster, no entanto, não se resumem a más lembranças: David Wilson, Joe Launchbury, Courtney Lawes, Tom Wood, Ben Morgan, Owen Farrell, Brad Barritt, Manu Tuilagi, Geoff Parling e Kyle Eastmond estão fora de combate.

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Bem menos negro é o cenário para o neozelandês Warren Gatland. O seleccionador galês tem praticamente todos os trunfos ao dispor e apresentará uma equipa de luxo, com talento para dar e vender: Leigh Halfpenny, Jamie Roberts, George North, Taulupe Faletau e Sam Warburton, só para dar alguns exemplos, tiram o sono a qualquer adversário.

A Irlanda, que venceu com toda a justiça a competição em 2014, fará a estreia em Roma e, apesar de os azzurri continuarem a evoluir de forma sustentada, Paul O’Connell, Jamie Heaslip e companhia são amplamente favoritos, apesar de Brian O’Driscoll já ser uma carta fora do baralho.

Tal como a Itália, a Escócia parece mais uma vez condenada a tentar escapar à “colher de pau”. Os escoceses deixaram boas indicações em Novembro sob a liderança de Vern Cotter, mas, se vencessem no Stade de France, as ondas de choque que provocariam em França seriam inimagináveis.

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