International Board avalia cenário de quarta substituição

O organismo que tutela as leis do futebol vai reunir-se no final do mês para reflectir sobre este e outros temas, como a tripla punição.

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Reuters

O International Football Association Board (IFAB) confirmou nesta segunda-feira a agenda da 129.ª reunião anual, que terá lugar em Craigavad, na Irlanda do Norte, no dia 28 de Fevereiro. De entre os vários temas em discussão, sobressai a possibilidade da introdução de uma quarta substituição num jogo de futebol, a ocorrer somente em caso de prolongamento.

A proposta não é nova. De resto, a FIFA já tinha avançado com a sugestão em 2012, ancorada na necessidade de “manter o nível técnico [do jogo] até aos 120 minutos e proteger a integridade física dos jogadores”. De então para cá, outras vozes se manifestaram a favor desta solução, como a de Joachim Löw. O seleccionador da Alemanha argumentou no mês passado que uma quarta substituição permitiria aos treinadores influenciarem tacticamente o jogo, numa era em que o futebol se tornou muito mais rápido e exigente do ponto de vista físico. 

Esta alteração à lei 3 das Leis do Jogo não será, porém, a única em cima da mesa no que respeita a substituições. A flexibilização das trocas de jogadores nos escalões de formação também vai ser apreciada pelos responsáveis do IFAB, que têm já em mãos os resultados de uma experiência-piloto realizada em Inglaterra e na Escócia, nas duas últimas temporadas. De resto, os indicadores são tão positivos, com tantas Ligas a aderirem, que o projecto foi alargado por mais uma época.

No fundo, esta directriz procura dar mais minutos de competição aos jovens jogadores, no decurso do processo de formação, já que muitos atletas (com a lei das três substituições) não tinham praticamente possibilidade de entrar em campo em alguns campeonatos. Nesse sentido, nos escalões jovens de Inglaterra e Escócia foi alargado para um limite máximo de sete o total de substituições possíveis durante o jogo.

Os membros do IFAB vão ainda debruçar-se sobre uma outra questão que tem sido sobejamente debatida, nomeadamente pelos responsáveis da UEFA: a tripla punição. Em concreto, terá de ser reavaliada a lei 12, que abarca as faltas e as incorrecções, com o objectivo de evitar a acumulação de sanções, nos casos em que um jogador sofre uma falta dentro da área quando segue isolado para a baliza. 

Michel Platini, por exemplo, entende que a grande penalidade, o cartão vermelho respectivo e a suspensão para o jogo seguinte configuram um castigo excessivo. “Eu mudaria a solução actual. Faria como no râguebi, por exemplo, em que o infractor é obrigado a sair do campo durante 10 ou 15 minutos”, chegou a propor o francês.

Todos estes temas irão gerar uma decisão a favor ou contra do IFAB, enquanto outros assuntos vão ser apenas alvo de debate no final do mês, como a possibilidade de interromper a contagem do tempo de jogo (como acontece noutras modalidades) ou o uso das imagens de vídeo como meio de auxílio à arbitragem.

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