Há bancos que lembram gaivotas no Cais do Sodré

Espaço ocupado pelo Jardim Móvel das Oliveiras, na zona ribeirinha de Lisboa, acolhe exposição de mobiliário urbano fabricado em Paredes.

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João Silva
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Bancos de madeira maciça que lembram eléctricos sobre carris, chaises longues em forma de gaivota em pleno voo, simples bancos corridos ou em forma de cepos. Desde esta quinta-feira, o espaço conhecido como Jardim Móvel das Oliveiras no Cais do Sodré, em Lisboa, acolhe uma exposição de mobiliário urbano que convida a “Desfrutar o Tejo”, nome atribuído ao concurso lançado pela Câmara de Paredes, em parceria com a Câmara de Lisboa.

A iniciativa, integrada no evento internacional Art on Chairs, com a colaboração do MUDE - Museu do Design e da Moda, tem como objectivo aliar a criatividade e o design de arquitectos portugueses à qualidade e tradição das empresas de móveis de Paredes, que executaram as peças.

Os bancos, instalados junto ao rio num local agora vedado aos automóveis – e que esta tarde estava impecavelmente limpo e ordenado, ao contrário do que é habitual – , vão ser utilizados no projecto de remodelação do espaço público do Cais do Sodré e Largo do Corpo Santo, a cargo do ateliê Bruno Soares Arquitectos, o mesmo que elaborou o projecto para a requalificação do Terreiro do Paço. 

A exposição, inaugurada nesta quinta-feira à tarde com a presença dos autarcas das duas câmaras promotoras, António Costa e Celso Ferreira, resulta do desafio lançado a cinco equipas de arquitectos e designers para proporem peças de mobiliário que privilegiassem a relação das pessoas com a cidade e com o Tejo. As equipas inspiraram-se em elementos distintivos de Lisboa, como os eléctricos, a calçada portuguesa ou os bancos de ripas de madeira.

O júri do concurso atribuiu o primeiro prémio à dupla Isabel Barbas e João Matos Alves, de Lisboa, que apresentaram a proposta "Jardim das Gaivotas". Segundo explicaram os autores na inauguração da exposição, as chaises longues em madeira – que, pela sua forma, se destacam entre o mobiliário exposto – foram inspiradas nas gaivotas, presença assídua naquela zona ribeirinha e também na obra "Chaise Longue" do arquitecto francês Le Courbousier.

Na tarde desta quinta-feira foi também inaugurada a exposição Como se pronuncia design em português?, no MUDE, que integra mais de 150 peças de 76 autores produzidas nos últimos 60 anos.

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