Óbidos lança Festival Internacional de Literatura para atrair escritores estrangeiros

O Fólio - Festival Internacional de Literatura tem como curadores José Eduardo Agualusa, Nuno Artur Silva, Maria José Vitorino e Teresa Calçada.

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O escritor José Eduardo Agualusa é um dos curadores do festival literário

A câmara de Óbidos quer realizar em Outubro um Festival Literário Internacional com a participação de meia centena de escritores nacionais e internacionais e que porá em destaque efemérides ligadas à literatura e aos países lusófonos.

A primeira edição do Fólio - Festival Internacional de Literatura pretende “afirmar Óbidos no circuito nacional e internacional como uma vila literária” através do evento que, na sua primeira edição colocará em destaque “efemérides ligadas a países como o Brasil ou as ex-colónias”, disse esta segunda-feira à Lusa o presidente da câmara, Humberto Marques.

Entre elas, “os 450 anos da cidade do Rio de Janeiro [no Brasil], os 40 anos de independência de Angola, Moçambique e Cabo Verde”, a par com temáticas como “os 100 anos da revista Orpheu ou o Ano Internacional da Luz”, explicou o curador Nuno Artur Silva, durante a apresentação do evento realizada na tarde de domingo.

O festival, que a organização pretende “diferenciar de todos os outros festivais literários do país”, terá lugar de 15 a 26 de Outubro na vila que pretende “criar relações improváveis dos autores com o quotidiano, os seus pares e com o público”, adiantou.

Na prática, para além dos lançamentos de livros, sessões de autógrafos e mesas redondas a vila será invadida por actividades paralelas em que “ao virar uma esquina pode estar alguém a ler um poema, noutra esquina representar-se um teatro e noutra ouvir-se um concerto”, explicou o curador.

O evento - que tem também como curadores José Eduardo Agualusa, Maria José Vitorino e Teresa Calçada - não tem ainda programa fechado, mas poderá contar a participação do ex-presidente da república do Brasil, Lula da Silva, que “não sendo um escritor é uma figura de aproximação a toda esta temática ligada ao Rio de Janeiro”, adiantou Humberto Marques.

A câmara estima que o Fólio represente um investimento “na ordem dos 600 mil euros”, parte dos quais “poderão ser comparticipados através da Secretaria de Estado da Cultura ou de programas ligados ao turismo ou outras áreas, concluiu o autarca.

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