Brasil reedita Ruy Belo livro a livro

Editora 7Letras acaba de lançar todos os nove livros que compõem a obra do poeta.

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Ruy Belo morreu em 1978, ano em que foi postumamente editado o volume Despeço-me da terra da alegria
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A 7Letras reeditou livro a livro toda obra do poeta português, a começar pelo inaugural Aquele grande rio Eufrates, de 1961
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O grafismo joga com a fragmentação da assinatura do poeta e com a escolha de uma cor diferente para cada título
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A colecção da 7Letras é organizada pelo poeta e ensaísta Manoel Ricardo de Lima
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À já significativa bibliografia passiva de Ruy Belo, a 7Letras vem acrescentar textos de autores como Tarso de Melo, Carlito Azevedo ou Leonardo Gandolfi
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Quando a obra de um poeta que já morreu é publicada fora do seu país, a opção costuma ser a da antologia ou, mais raramente, a da poesia reunida. Mesmo tendo em conta a partilha da língua, não é nada vulgar que uma editora brasileira se aventure a publicar, livro a livro, a obra de um poeta português. Mas foi isto que a 7Letras fez com Ruy Belo (1933-1978), editando, com prefácios de poetas e ensaístas brasileiros, todos os nove livros que compõem a sua obra, desde o inaugural Aquele Grande Rio Eufrates, de 1961, até ao já póstumo Despeço-me da Terra da Alegria, publicado logo após a sua morte, em 1978. O conjunto ficou agora fechado com o lançamento simultâneo dos três últimos títulos.

A colecção da 7Letras, organizada pelo poeta e ensaísta Manoel Ricardo de Lima, professor de Literatura na Universidade do Rio de Janeiro, repete assim no Brasil uma iniciativa que em Portugal se ficou a dever à Presença, que nos anos 90 reeditou, também com novos prefácios, todos os títulos de Ruy Belo. E não deixa de ser curioso que tenha sido justamente com a obra do autor de Boca Bilingue (1966) ou País Possível (1973) que se estreou entre nós esta aposta na reedição livro a livro, depois alargada a poetas como Sophia de Mello Breyner Andresen ou Eugénio de Andrade.

Com um grafismo muito contemporâneo, que joga com a fragmentação da assinatura manuscrita do poeta e com uma cor diferente associada a cada título, a colecção da 7Letras vem ainda acrescentar à já significativa bibliografia passiva de Ruy Belo textos de autores como Tarso de Melo, Carlito Azevedo ou Leonardo Gandolfi, para citar apenas alguns.

Ruy Belo é hoje um autor em acelerado reconhecimento pela academia, quer em Portugal, quer no Brasil, e vale a pena lembrar, como um dos primeiros momentos desse processo de canonização, o excelente número monotemático que lhe dedicou, em 2003, a revista Inimigo Rumor, precisamente no breve período em que funcionou como uma publicação luso-brasileira. <_o3a_p>

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