War On Drugs, FKA Twigs e Run The Jewels dividem o pódio de 2014

A banda-sonora do ano que agora termina não passa sem Lost In The Dream, LP1 e Run The Jewels 2.

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FKA Twigs: melhor álbum do ano para a Time, segundo melhor para a Pitchfork, terceiro melhor para o Guardian

É disto que os nossos ouvidos se vão lembrar quando o assunto for 2014: da ventania americana (melhor: springsteeniana) que varria Lost In The Dream, dos The War On Drugs, da "rapariga gira dos vídeos" (citando Snoop Dogg), FKA Twigs, que aterrou no Verão com um álbum-ovni, LP1, e de dois rapazes, EL-P e Killer Mike, que decidiram passar de bons a muito bons em Run The Jewels . Juntos, The War On Drugs, FKA Twigs e Run The Jewels dividem o pódio dos melhores de 2014 para publicações como o inglês The Guardian, os americanos Pitchfork, Stereogum e Consequence of Sound e a francesa Les Inrockuptibles, as últimas a fazerem sair as suas listas de discos que fizeram o ano.

Já era mais ou menos este o ranking há duas semanas, quando o Ípsilon fez uma primeira sondagem das escolhas da crítica internacional, recenseando uma série de votações (Spin, Q, Uncut, Paste Magazine, Mojo, NME, Fact, Wire, Time, Entertainment WeeklyRolling Stone) que punham quase generalizadamente o disco dos americanos The War On Drugs em primeiro, segundo ou terceiro lugar (honrosas ou desonrosas excepções: a Fact, que preferiu premiar Benji, de Sun Kil Moon, a Time, que pôs FKA Twigs no topo do mundo, o NME e a Entertainment Weekly, que se renderam a St. Vincent, e a Rolling Stone, que insiste nos U2...). Entretanto, chegou o Messias (D'Angelo, que 14 anos depois das últimas notícias lançou o seu Black Messiah mesmo em cima do final do ano) mas a terra não tremeu tanto quanto se esperaria: a não ser que a Les Inrocks, cuja lista não estava ainda fechada à hora de fecho desta edição impressa, lhe abra alas, é disco para não figurar nos anais de 2014. Nos últimos dez lugares antes dos primeiros acotovelavam-se Sébastien Tellier (L'Aventura), Morrissey (World Peace Is None Of Your Business), Lana Del Rey (Ultraviolence), SBTRKT (Wonder Where We Land), Todd Terje (It's Album Time), Perfume Genius (Too Bright), Baxter Dury (It's a Pleasure), Ariel Pink (pom pom), Flying Lotus (You're Dead!) e Ty Segall (Manipulator). Das escolhas do Ípsilon, a Les Inrocks reteve apenas a segunda (Lese Majesty, dos Shabazz Palaces), a quinta (Cavalo, de Rodrigo Amarante) e a oitava posições (Lost In The Dream, dos The War On Drugs).

Na lista do Guardian, por sua vez, St. Vincent reina indisputada, seguida pelos mesmos The War On Drugs e FKA Twigs. Aphex Twin (Syro), Caribou (Our Love), La Roux (Trouble in Paradise), Run The Jewels, Beck (Morning Phase) e Flying Lotus preenchem os restantes lugares da tabela, encerrada pelos mesmos Sleaford Mods (Divide and Exit) que fazem esta capa do Ípsilon. Do outro lado do Atlântico, a Pitchfork baralha e volta a dar o triunvirato Run The Jewels, FKA Twigs e The War On Drugs (por esta ordem); seguem-se-lhes Aphex Twin, Grouper (Ruins, melhor álbum do ano para os críticos do Ípsilon), Swans (To Be Kind), Sun Kil Moon, Todd Terje, Ariel Pink e Caribou. As preferências repetem-se no Stereogum, onde os Run The Jewels ficaram à frente dos The War on Drugs (FKA Twigs surge em nono lugar, atrás de Sun Kil Moon, Angel Olsen e Sharon Van Etten, por exemplo), e na Consequence of Sound, onde a hierarquia se inverte, com FKA Twigs em sétimo, atrás de Angel Olsen e Cloud Nothings e à frente de St. Vincent e Spoon.


 

 

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