Os 11 contemplados com a nota mais alta

Centros de investigação considerados excepcionais vão partilhar 13 milhões de euros por ano.

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Projecto para a sede do novo I3S, um superinstituto no Porto que vai ter 6,19 milhões de euros por ano DR

Na lista dos 11 centros de investigação contemplados com a classificação mais alta — Excepcional — encontram-se duas instituições privadas: o Programa de Neurociências da Fundação Champalimaud, em Lisboa, e o Instituto Gulbenkian de Ciência, em Oeiras. A elas juntam-se o Centro Interuniversitário da História das Ciências e Tecnologia de Lisboa, ou o Instituto de Inovação e Investigação em Saúde (I3S) do Porto, uma superinstituição que resulta da junção do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), do Instituto Nacional de Engenharia Biomédica (INEB) e do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup). Ou, ainda, o Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear do Instituto Superior Técnico de Lisboa.

Outros centros classificados com Excepcional são o Instituto de Nanoestruturas, Nanomodelação e Nanofabricação da Universidade do Minho; o Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Estruturas e Construção da Universidade do Porto; também desta última universidade está o Instituto de Literatura Comparada. A lista das 11 unidades de investigação é completada com o Centro de Estudos Comparatistas da Universidade de Lisboa; o Centro de Matemática da Universidade de Coimbra; e a Unidade de Biociências Moleculares Aplicadas da Rede de Química e Tecnologia, criada pela Universidade Nova de Lisboa e a Universidade do Porto.

Um pouco de contexto: a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) pretende atribuir 71 milhões de euros por ano para dois tipos de financiamento dos centros (despesas e actividades estratégicas). Foram avaliados 322 centros e os resultados da segunda fase da avaliação foram divulgados esta segunda-feira pela FCT. Ainda que a nota Excepcional se vá traduzir, no conjunto das 11 unidades de investigação, num total de 13 milhões de euros por ano para despesas de funcionamento e actividades estratégicas, tirados do bolo dos 71 milhões, esse dinheiro não será igual para todas. A média dá 1,18 milhões de euros anuais, mas critérios como o número de investigadores e o tipo de actividade científica desenvolvida influenciam o valor para despesas de funcionamento (que, na nota Excepcional, pode ir dos 50.000 ao 400.000 euros por ano). Já o financiamento de actividades estratégicas, dado só a unidades com Excepcional, Excelente e Muito Bom, não tem tecto máximo.

Assim, o I3S terá direito a 6,19 milhões de euros por ano, destinados aos dois tipos de financiamento (despesas e estratégico). Ainda com nota Excepcional, o Instituto de Nanoestruturas, Nanomodelação e Nanofabricação receberá 1,68 milhões, enquanto o Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear terá 1,40 milhões, o Instituto Gulbenkian de Ciência contará 1,09 milhões e a Unidade de Biociências Moleculares Aplicadas com 1,03 milhões. Abaixo do milhão de euros está o Programa de Neurociências Champalimaud (358 mil euros), o Centro de Matemática de Coimbra (298 mil), o Centro Interuniversitário da História das Ciências e Tecnologia (272 mil), o Centro de Estudos Comparatistas da Universidade de Lisboa (250 mil), o Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Estruturas e Construção do Porto (248 mil) e o Instituto de Literatura Comparada (90 mil).

Para onde vai ainda o dinheiro? Percorrendo a lista dos outros centros classificados com Excelente e Muito Bom — que concentram, juntamente com os Excepcionais, 70 milhões de euros por ano —, vemos que o Instituto de Medicina Molecular de Lisboa foi considerado excelente e terá 2,9 milhões de euros anuais. Que o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (Inesc) do Porto (Excelente) terá 2,5 milhões; que o Centro de Neurociências e Biologia Celular/Instituto de Investigação da Luz e da Imagem da Universidade de Coimbra (Excelente) terá 2,6 milhões; que o Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve (Excelente) contará 1,4 milhões. Ou que o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (Muito Bom) receberá 1,3 milhões e o programa iNOVA4Health, gerido pelo Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica de Oeiras, 1,35 milhões.

Mas a lista de quem teve que financiamento, com que notas, pode consultar-se na íntegra no site da FCT.

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