Braga constrói bacia de retenção para evitar cheias do rio Este

Agência Portuguesa do Ambiente investe 130 mil euros enquanto procura financiamento para intervenção mais alargada.

A força das águas do rio Este, em Braga, vai passar a ser controlada por uma bacia de retenção, que começou esta terça-feira a ser construída junto ao Laboratório Ibérico de Nanotecnologia (INL), em Lamaçães. O investimento é da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e vai também permitir recuperar o leito e as margens do rio, criando uma pequena área de lazer. Entretanto, a agência e a Câmara de Braga estão à procura de financiamento para uma intervenção mais alargada naquele afluente do rio Ave.

A intervenção mais visível desta obra é a bacia de retenção. “É um contributo para minimizar as cheias, ainda que não dê garantias absolutas”, explica Pimenta Machado, responsável pela APA-Norte. Os resultados da criação desta estrutura vão afectar as zonas de leito de cheia a jusante do INL, mas a obra não terá consequências sobre os problemas que têm acontecido nos túneis rodoviários da cidade em dias de chuva mais intensa, já que esses estão relacionados com questões de drenagem.

A obra iniciada esta terça-feira concentra-se num troço do rio de cerca de 200 metros e vai permitir também um arranjo do espaço envolvente, criando um espelho de água e uma zona de lazer. O projecto, com um custo de 139 mil euros e um prazo de execução de cerca de um mês, prevê ainda a retirada do betão que foi colocado, durante os anos 90, no leito e nas margens do rio, e que será substituído por materiais naturais.

Esta intervenção surge como complemento ao investimento de 2,5 milhões de euros feito pela autarquia na fase final do anterior mandato, que permitiu a renaturalização do troço entre a ponte Pedrinha e a Avenida Frei Bartolomeu dos Mártires.

Pimenta Machado anunciou que este é a primeira intervenção de um projecto mais ambicioso para o Este, que deverá envolver toda a bacia hidrográfica do rio que atravessa a cidade de Braga, numa colaboração entre a APA e o município. “Estamos a identificar formas de financiamento para essa fase”, revelou o presidente da câmara, Ricardo Rio, valorizando o lado lúdico da intervenção em curso, que vai permitir colocar mais um troço do rio “ao dispor da população”.

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