Passos Coelho sublinha necessidade de PSD perspectivar o futuro em 2015

Líder social-democrata diz que partido se mantém fiel ao projecto fundador, no aniversário da morte de Sá Carneiro.

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O presidente do PSD afirmou hoje que após 40 anos o partido se mantém fiel ao seu "projecto fundador", assente na "igualdade de oportunidades, na solidariedade" e na "libertação da sociedade", mas precisa de perspectivar o seu futuro.

O líder social-democrata e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, falava ao lado do co-fundador do PSD Francisco Pinto Balsemão, após a inauguração de uma exposição na sede do partido que assinala o percurso de vida política de Francisco Sá Carneiro, no dia em se assinalam 34 anos sobre a sua morte.

Na sua intervenção, Passos Coelho aproveitou para agradecer o "trabalho extraordinário" da comissão das comemorações dos 40 anos do PSD, presidida por Balsemão, e referiu-se ao trabalho que este organismo está "a fazer e que ainda não é público" e será divulgado a 6 de Maio de 2015.

Sem especificar, o líder do PSD disse esperar que ele possa "ser disponibilizado à reflexão e à escolha dos próprios portugueses" e apontou-o como "decisivo num ano tão importante como é 2015".

Antes, também Francisco Pinto Balsemão, militante nº1 do PSD, tinha referido num breve discurso que em Maio do próximo ano seriam conhecidas "pistas para uma social-democracia do século XXI".

"Nós escolhemos fazer estas comemorações para preservar a memória do passado mas também para perspectivar o futuro, projectá-los no futuro, é isso que dá continuidade ao projecto fundador", declarou Pedro Passos Coelho.

O social-democrata caracterizou o PSD como um partido que teve "um nascimento ideológico antes do nascimento formal" e que evoluiu "ao longo dos anos em muitos aspectos, como a própria sociedade portuguesa", mas sem perder "os valores fundamentais".

"Creio que se pode dizer que o PSD, ao longo da sua existência, foi acompanhando a própria dinâmica da sociedade portuguesa, quando não contribuiu activamente e de forma frequentemente decisiva para a sua transformação, não por nenhum projecto vanguardista, mas por ter conseguido libertar forças da sociedade civil suficientes para fazerem a mudança do país", afirmou.

No entanto, acrescentou Passos, "os desafios de hoje são diferentes dos de há 40 anos, há 30 anos e há 20 anos", por isso além da sua "coerência e convicções" o PSD deve apresentar-se "aos portugueses" como um partido que "tem também um projecto para futuro".

O presidente do PSD afirmou que esta "perspectiva de futuro" deve assentar "em torno das suas bandeiras fundamentais": a "igualdade de oportunidades e a solidariedade, a Justiça e o ter para todos os portugueses uma democracia que não seja formal, que se funde numa liberdade que esteja sempre em aprofundamento, e numa libertação das forças da sociedade civil".

No âmbito desta exposição sobre a vida de Sá Carneiro, que reúne fotografias, materiais de campanha e de propaganda política e um vídeo inédito da primeira Festa do Pontal, o PSD anunciou a abertura ao público a partir de hoje do seu arquivo fotográfico.

Além de Passos Coelho e Pinto Balsemão, estiveram na sede do PSD figuras do partido como o ex-presidente Luís Marques Mendes, o vice-presidente, porta-voz e coordenador da Comissão Política, Marco António Costa, o presidente do Instituto Sá Carneiro e eurodeputado, Carlos Coelho, e o líder parlamentar, Luís Montenegro.

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