Quando os desenhos são mais reais do que fotografias

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Ana Luísa Frazão levantou-se às seis da manhã, num domingo em que o sol demorou a mostrar-se, para chegar cedo ao quarto encontro organizado pela Comunidade Urban Sketchers Portugal Norte. Veio de São Martinho do Porto, e antes de estar às 10h, no ponto de encontro junto ao mercado do Bolhão, no Porto, já tinha duas imagens no seu diário gráfico. A chávena de café que lhe serviram na Confeitaria do Bolhão e uma colagem — “Às vezes nem chego a desenhar, as colagens e as cores fazem tudo”, explica — a ilustrar a empada de galinha que o acompanhou. Esta segunda imagem também tinha colado um pedaço do guardanapo com o logótipo da casa, que também ele se confunde com o desenho. A página dupla do caderno, que foi construído pela própria Ana Luísa Frazão (“uso um papel de gramagem muito grossa, que não se encontra com facilidade”, justifica), completa-se com um esboço rápido de uma perspectiva da Rua de Santa Catarina. É isto que fazem os Urban Sketchers. Aprisionam em folhas de papel o quotidiano e as paisagens, a arquitectura e os indivíduos, os pormenores e as panorâmicas, com lápis ou canetas, com muitas cores ou sem recorrer a elas. E é nos encontros que cada uma das comunidades organiza esporadicamente que gostam de trocar experiências e partilhar técnicas. Lê mais em PÚBLICO.PT