A importância dos rankings

Os rankings das escolas são um importante instrumento de prestação de contas pelo trabalho que fazemos.

Têm de ser melhorados, é importante que sejam interpretados de modo rigoroso, não se pode comparar o incomparável (e há escolas que servem públicos muito mais difíceis do que outras). Mas a necessidade de se ser inteligente na leitura dos resultados, não serve de desculpa para desvalorizar os rankings.

Os rankings mostram que há escolas que servem públicos difíceis cujos alunos estão a ter melhores resultados de ano para ano; que há escolas que, de forma consistente, figuram nos lugares cimeiros ano após ano. Sabendo isto, podemos dar parabéns a estas escolas e os seus profissionais podem sentir-se reconhecidos. Quanto aos outros, podem procurar perceber o que de bem estes fazem. Os rankings permitem-nos festejar o sucesso e localizar o insucesso. E não há nada mais justo e mais promotor de melhoria do que isto.

Para a Associação de Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo, associação que representa as escolas particulares e cooperativas, os exames nacionais não são o objectivo primeiro da escola. O que nos move não é apenas a instrução dos nossos alunos. Os nossos projectos são, em primeiro lugar, de educação. Oferecemos aos nossos alunos e suas famílias um projecto educativo de desenvolvimento pessoal e social. Mas consideramos que os exames nacionais são um instrumento fundamental de regulação do sistema educativo pelo Estado, de prestação de contas pelas escolas e de apoio ao exercício pelos pais da sua liberdade de escolha da escola.

A existência de informação sobre o que se passa em cada escola, com cada aluno, ao nível das suas aprendizagens no final de cada ciclo, é fundamental para o ensino particular e cooperativo gozar da sua recém conquistada autonomia.

Os rankings podem ser melhorados? Claro. Devem! Mas não podem é desaparecer. A existência de exames no final de cada ciclo de ensino permite libertar as escolas do centralismo educativo. Não devemos voltar para trás. Não deixaremos que isso suceda.

Presidente da Associação de Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo

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