Pati e as amigas

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A cada disparo do obturador, Pati Gagarin desvenda um mundo que parece demasiado íntimo para ser descoberto. Espreitamos pela fechadura da porta e tanto vivemos uma manhã preguiçosa como uma partida de ténis. Com 26 anos, a fotógrafa espanhola deixa-nos entrar num universo feminino e delicado, onde se escutam confissões de adolescente entre as paredes, com o seu quê de mistério e sensualidade. Nascida em Valladolid, Pati vive desde os 3 anos em Alicante. Na sua outra vida é engenheira civil — mas do que gosta mesmo é de "tirar fotografias de toda a gente, de todas as coisas e em todo o lado". "Gosto muito de capturar a beleza e os mistérios da feminilidade, a forma como as mulheres se relacionam umas com as outras e com o meio ambiente." Auto-didacta, cruzou-se com a fotografia em criança. "O meu avô e o meu pai estavam sempre com uma câmara nas mãos, prontos para fotografar viagens em família, encontros, aniversários", escreve a jovem, por e-mail ao P3. Vendo-a apaixonada, desde sempre, pelos álbuns de família, o pai ofereceu-lhe a primeira câmara analógica. "Porque eu queria preencher os meus próprios álbuns." Aos 17, Pati comprou a primeira câmara digital, aos 21 a primeira "reflex" — "E boom!". "Comecei a fazer sessões com os meus amigos, as pessoas começaram a gostar dessas imagens e, de algum modo, foi assim que esta bonita confusão começou."