Uma decisão incompreensível

É já usual que as greves incidam sobre períodos em que as actividades das empresas mais precisam dos trabalhadores que a elas aderem. Porque quem as faz quer, com isso, mostrar que o seu trabalho é indispensável e que deve ser valorizado. Tem sido o caso dos transportes, onde as greves ocorrem, ou nos momentos de maior tráfego de viagens no sector da aviação ou nos transportes terrestres, nas chamadas horas de ponta. O que já não se entende e, mais, se condena, é que um sindicato como o dos enfermeiros se tenha mostrado insensível ao apelo que lhe foi feito pela Direcção-Geral da Saúde para que repensasse a data da greve marcada para hoje (e que se repetirá dia 21) face ao surto de legionella ainda por controlar no país. É que uma epidemia não é propriamente uma “hora de ponta”, é uma emergência. E virar as costas a tal argumento é uma vergonha.

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