Orçamento de Guimarães com redução de mais de dez milhões

Maior fatia do investimento no próximo ano será feita na Cultura, para a qual são destinados 6,6 milhões de euros.

Foto
Município de Guimarães e BIC Minho foram as entidades responsáveis pela candidatura. Manuel Roberto

O Orçamento da Câmara de Guimarães para o próximo ano vai sofrer uma diminuição global de mais de dez milhões de euros face ao exercício anterior. No documento, que será discutido na reunião do executivo desta quinta-feira, é evidente a redução no investimento público em relação aos últimos anos, em que foram feitos mais de 100 milhões em obras no concelho. A Cultura continua a ser a área onde serão feitas as obras de valor mais avultado.

A Cultura recebe 6,6 milhões de euros no Orçamento vimaranense do próximo ano. Cerca de metade deste valor (3 milhões) são destinados a financiar a actividade dos principais equipamentos culturais do concelho como o Centro Cultural Vila Flor. Três anos depois da Capital Europeia da Cultura, ainda há novas obras que faziam parte do dossiê de candidatura ao evento a serem lançadas pela Câmara de Guimarães, como a residência de artistas no centro histórico (1,3 milhões), a instalação do museu Casa da Memória (100 mil euros) e a requalificação da Biblioteca Municipal Raúl Brandão (200 mil euros). Outro dos grandes investimentos para este ano no sector cultural será a criação de um espaço de ensaio para bandas de garagem, junto ao antigo Teatro Jordão, cujas obras devem começar ainda este mês. O investimento estimado neste equipamento é de 600 mil euros.

O Orçamento de Guimarães para o próximo ano tem um valor global de 86,7 milhões, menos 10,3 milhões de euros do que o documento aprovado há um ano – e que já tinha significado uma redução semelhante (nove milhões) face a 2013. A autarquia destina, ainda assim, 28,4 milhões de euros para investimento.

O próximo ano será o primeiro em que Guimarães destina uma verba à preparação da sua candidatura a Capital Verde Europeia (30 mil euros). O sector do ambiente recebe, por isso, uma fatia generosa do investimento para o próximo ano: mais de um milhão de euros para projectos de apoio à eficiência energética de habitações no centro histórico e bairros sociais, redução de fluxos iluminação pública, requalificação de zonas ribeirinhas e conservação e criação de parques e jardins. Já a rede viária concelhia vai ter um investimento de 3,6 milhões de euros, um terço dos quais destinados a grandes reparações e os restantes para estudo e construção de novas estradas.

Sugerir correcção
Comentar