Ministério da Saúde manda investigar “ataques” informáticos

Paulo Macedo escusou-se a adiantar a que autoridades denunciou as suspeitas.

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Centro de processamento de receitas do Serviço Nacional de Saúde Nelson Garrido

O ministro da Saúde avançou nesta segunda-feira, no Parlamento, que a tutela “pediu às autoridades para analisarem o que se está a passar com estes supostos ataques ou eventuais ataques”, numa referência aos problemas do sistema informático deste ministério e que têm afectado, por exemplo, os programas de prescrição electrónica de receitas médicas.

Paulo Macedo, que respondia a um deputado no âmbito de uma audição conjunta das comissões de saúde e de finanças e administração pública sobre o Orçamento do Estado para 2015, começou por dizer que “de facto as coisas parecem conjugar-se e raramente se conjugam por acaso”.

“Temos uma insatisfação das empresas que produzem software por o Ministério da Saúde ter reduzido as suas encomendas a essas empresas. Temos uma insatisfação que se materializa em ameaças, através de notícias de jornais e dos mais variados meios para colocar pressão sobre o ministério”, acrescentou, sublinhando que estão em causa “questões estruturais que põem em causa o acesso à saúde”.

Mais tarde, em declarações aos jornalistas após a audição de mais de cinco horas, o governante escusou-se a adiantar a que autoridades denunciou as suspeitas. Disse apenas que “o que tem ocorrido noutras áreas nos deve levar a que sejamos especialmente cautelosos” e que foi “com toda a naturalidade” que pediu que se averiguassem os problemas.

 

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