Ilha do Pico vai ter médico para "urgência aguda" em permanência

Objectivo é evitar deslocações de doentes para o hospital da Horta, no Faial.

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Para a isenção é necessário um atestado obtido numa junta médica Manuel Roberto

O Centro de Saúde da Madalena, na ilha do Pico, Açores, vai passar a ter um médico para responder a "situações de urgência aguda" em permanência, de forma a evitar a maioria das deslocações actuais para o hospital da Horta.

O Conselho do Governo dos Açores, que esteve reunido no Pico na terça-feira, decidiu autorizar "a celebração de um protocolo entre a Unidade de Saúde de Ilha do Pico e o Hospital da Horta [na vizinha ilha do Faial] para garantir a permanência de um médico internista 24 horas por dia no centro de saúde da Madalena", revelou nesta quinta-feira o executivo.

"A presença deste médico visa assegurar a capacidade de resposta em situações de urgência aguda e dar apoio aos internamentos, permitindo evitar a maioria das deslocações de doentes que actualmente ocorrem", segundo o comunicado com as conclusões do Conselho de Governo de terça-feira.

Na mesma reunião, o executivo autorizou também a contratualização das primeiras 15 camas para cuidados continuados no Pico com a unidade de saúde de ilha.

Ainda no capítulo da saúde, e como já tinha sido prometido ao Conselho de Ilha, também na terça-feira, o Governo Regional decidiu apoiar a criação de uma secção destacada de bombeiros na freguesia da Piedade (concelho das Lajes), atribuindo à corporação uma ambulância de socorro.

Fica desta forma "completa a rede de emergência pré-hospitalar da ilha do Pico, que passará a contar com quatro ambulâncias de socorro e uma viatura SIV [Suporte Imediato de Vida]", reforça o executivo açoriano.

Segundo o comunicado divulgado nesta quinta-feira, o Conselho do Governo Regional aprovou também a atribuição de dez mil euros para comparticipar o equipamento e formação de uma equipa de busca e socorro "em cenário de neve" na Reserva Natural da Montanha do Pico.

Mais conforto para quem sobe ao Pico

O Governo dos Açores esteve esta semana no Pico, numa visita oficial durante a qual foi anunciada outra medida relacionada com a montanha da ilha, que atrai cada vez mais visitantes. Segundo declarações do secretário regional do Ambiente na quarta-feira, a chamada Casa da Montanha, que dá apoio a quem sobe até ao ponto mais alto do país, vai ser ampliada para criar zonas de descanso e um parque de estacionamento.

A Casa da Montanha, que integra a rede de centros de interpretação ambiental dos Açores, passará a ter, em 2016, após a conclusão da ampliação, zonas de descanso e balneários destinados a quem desce a montanha.
Desde a inauguração desta infra-estrutura, há cerca de quatro anos, tem aumentado continuamente o número de subidas ao topo da montanha, havendo neste momento "constrangimentos dado o espaço disponível", disse o secretário regional do Ambiente, Manuel Rodrigues Correia.

Este projecto de ampliação da Casa da Montanha, orçado em cerca de 240 mil euros, prevê também a construção de um parque de estacionamento com capacidade para 44 autocarros e duas viaturas.

No ano passado, 17.500 pessoas subiram até ao topo do Pico e a Casa da Montanha recebeu mais 10.500 visitantes. Este ano há, até agora, uma diminuição de mil subidas, mas mantém-se o número de visitantes.
Em 2008, ano anterior ao da inauguração da Casa da Montanha (onde têm de se registar todos aqueles que iniciam a subida), houve sete mil subidas.

O Pico, com 2351 metros de altitude, é a montanha mais alta de Portugal.

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