Um herbário cheio de planos para o Verão de 2015 no Portugal Fashion

João Melo Costa e Hibu abriram a 35.º edição em Lisboa, com Storytailors e Alves/Gonçalves a fechar a noite.

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Desfile do colectivo hibu Nuno Ferreira Santos
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Desfile de Alves/Gonçalves Nuno Ferreira Santos
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Primeiro era um herbário, delicado e natural, depois uma festa de neoprene e organza de seda, farripas de uma festa de Verão dada pelo jovem criador João Melo Costa. A primeira noite do 35.º Portugal Fashion começou assim no requalificado Teatro Thalia, em Lisboa, e na companhia do colectivo Hibu e dos consagrados e sonhadores Storytailors.

We Have Plans é a colecção que o designer formado na Modatex levara já, com umas peças a mais e outras a menos no puzzle criativo, a Londres e a Paris. Os seus projectos para o próximo Verão delineiam-se em dois momentos: planear e plantar. Daí as folhas que flutuavam entre linhos e tecidos por si criados (entretelas de algodão termocoladas com uma rede de jardim, por exemplo) para dar lugar aos volumes e texturas de um momento de sementeira.  

Melo Costa gerou interesse da imprensa estrangeira em Portugal, mas também dos compradores com que contactou através da plataforma Fashion Scout em Londres  - “muito importante para exposição para as nossas marcas” – mas sobretudo em Paris – “senti que estava no show-room certo”, contactos feitos com algumas das lojas multimarcas alternativas mais conhecidas do mundo como a Assembly, Dover Street Market ou Opening Ceremony. Acredita que “o mercado internacional pede coisas diferentes e de qualidade”, disse ao PÚBLICO nos bastidores após o seu desfile.

Nesta quarta-feira à noite mostraram-se também dois colectivos: o trio Hibu, pela segunda vez no Bloom depois de se terem estreado no Sangue Novo da ModaLisboa, continuou o seu trabalho em torno das roupas urbanas para o menino e para a menina sob o tema Cru. A dupla Storytailors, que apresentou o segundo capítulo da sua história Luz, Voyage Voyage de armas e bagagens nos braços para uma aventura em plissados e fluidez. Rosa, brancos, pardais no arame estampados e aplicados e muitos, muitos plissados em várias cores. O styling apontou caminhos tanto para a zona de conforto da dupla - o ideário dos contos de fadas, as meninas-princesa - quanto rumo uma contemporaneidade mais citadina e quotidiana.

Já noutra zona de Lisboa, preocupados com a "usabilidade" mas com vontade de criar "um guarda-roupa especial", Manuel Alves e José Manuel Gonçalves apresentaram numa (demasiado) longa passerelle no Museu de História Natural uma colecção que começou com bolas e sapatos rasos, riscas e azul navy. Mas a tentação do crepúsculo e dos tecidos mais nobres como os chiffons e as sedas levou a dupla (re)conhecida pela sua clientela célebre ao território que melhor conhece - o dos vestidos para a noite. Rejuvenescidos pelos sapatos de tipo masculino ou pelas peças laranja formadas por penas que afinal são asas, mas também pela desconstrução de ganchos e fivelas e pelas fitas despreocupadas que delas pendem. No final, os aplausos estenderam-se pela sala comprida como uma onda gradual, difusos pela dimensão do espaço, que, aliás, fizera com que parte da audiência estivesse alheada do início do desfile. 

A noite terminou com a colecção Tantomar da TM Collection, na linha habitual natural chic de Teresa Martins com os tecidos (algodões, linhos, sedas e jerseys) no centro das atenções. O Portugal Fashion prossegue até sábado no Porto.

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