Futureplaces com actividades para todos os gostos

Evento decorre entre 15 e 18 de Outubro, no Porto, e conta com música, cinema, debates, performances multimédia e vários laboratórios de cidadania

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Queres aprender a fazer videojogos? Nunca tocaste guitarra e gostavas de experimentar? Entre os dias 15 e 18 de Outubro, o Futureplaces oferece-te essa possibilidade através de vários “Citizen Labs” (Laboratórios de Cidadania).

O evento conta também com música, cinema, debates e performances multimédia e a entrada é gratuita. Onde? As actividades do Futureplaces distribuem-se pelo Polo das Indústrias Criativas do UPTEC (PINC), o cinema Passos Manuel e a Associação Cultural Sonoscopia.

O FUTUREPLACES pretende mostrar que as novas tecnologias podem ser úteis para os cidadãos e que “os novos media podem contribuir para um tecido social e cultural mais robusto e estimulante”, explicou ao P3, Heitor Alvelos, responsável pela organização.

Heitor aponta como novidades da 7.ª edição do evento os Laboratórios de Cidadania. Sete são novos e dois são repetidos da edição anterior que, por terem sido “bem-sucedidos”, voltam a integrar o programa.

Games to the People”, “Ethno-Media-Scapes”, “Wtf is Biological Radio?”, “Portugal Portefolio”, “Frugal Food Challenge”, “The Oportosmouth Sinfonia”, “Rescuing Oral Memory”, “Radio Science” e “Analog Software” são os nove laboratórios de cidadania que fazem parte do programa. No dia 18, durante a tarde, todos os laboratórios vão apresentar os resultados do que fizeram durante os quatro dias do evento.

Mas como funcionam estes laboratórios? São workshops de formação oferecidos por estudantes doutorais ou investigadores de determinadas áreas que, através do contacto com os cidadãos nesses workshops, recolhem informações que podem ser aproveitadas para os seus trabalhos de investigação. Está assim presente a “ideia de “reciprocidade”, como refere Heitor.

Os laboratórios de cidadania acabam por ser “essencialmente um convite” a que os cidadãos possam aprender tecnologia e receber informação que lhes interesse, como fazer um videojogo, tocar guitarra ou entrevistar cidadãos e recolher testemunhos e histórias de vida; mas também a que as pessoas vejam os media de outras formas. “Hoje em dia praticamente toda a gente tem um telemóvel com uma câmara fotográfica, mas se calhar a poucas pessoas ocorre a ideia de que esta câmara fotográfica pode ser uma ferramenta de busca de experiências no seu quotidiano”, explica.

Heitor destaca ainda outros momentos do programa. A sessão de abertura e o “Keynote”, na manhã do dia 15, contam com a presença de Julian York, directora para a Liberdade de Expressão Internacional da Electronic Frontier Foundation (organização destinada a proteger a liberdade no mundo digital). Aqui será explicado que “o problema da vigilância online não é estritamente o fim da privacidade, mas também o constrangimento à própria criatividade e ao desenvolvimento do conhecimento”, esclarece.

“The Oportosmouth Sinfonia” acontece no dia 15 e é um concerto que vai resultar do laboratório de cidadania com o mesmo nome. Durante o dia os participantes que nunca tocaram guitarra têm, pela primeira vez, contacto com este instrumento e há noite vão dar um concerto.

E por falar em música, o concerto de encerramento do Futureplaces 2013 foi editado e está agora disponível em cassete, grátis para todos os interessados. A sessão de autógrafos decorre na tarde do dia 18 de Outubro com a Antifluffy, a mascote do evento. Durante a tarde será ainda exibido um filme biográfico de Aaron Swartz. “The Internet’s Own Boy” aborda as fronteiras da legalidade e legitimidade do acesso e produção do conhecimento. Há noite há tempo ainda para um concerto da orquestra residente que acompanha o evento desde a primeira edição – “The Futureplaces Impromptu All-Stars Orchestra”.

O evento é totalmente gratuito e não necessita de qualquer inscrição prévia. Basta aparecer e participar. Além disso, não tem um público específico, nem se dirige apenas a especialistas de tecnologias e dos media. “É assim que acreditamos que há realmente um incentivo à participação. Não há audiências, só há participantes. Todos são bem-vindos”, reforça Heitor.

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