Primeiro-ministro diz que expectativas quanto à fusão PT/Oi saíram goradas

Governo segue “com atenção” desenvolvimentos na PT, garantiu Pedro Passos Coelho, em Milão.

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Situação da PT está no radar do Governo, diz Pedro Passos Coelho Foto: Daniel Rocha

“Certamente que as expectativas que, em geral, foram criadas no mercado e junto dos portugueses quanto ao potencial desta fusão ficaram bastante aquém daquilo que a prática veio a demonstrar”, disse o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, nesta quarta-feira, citado pela Lusa. Numa conferência de imprensa, em Milão, o primeiro-ministro assegurou que o Governo segue “com atenção” o desenrolar dos acontecimentos na PT, em cujos activos está interessado o fundo francês Altice.

“Certamente que as expectativas que, em geral, foram criadas no mercado e junto dos portugueses quanto ao potencial desta fusão ficaram bastante aquém daquilo que a prática veio a demonstrar”, disse o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, nesta quarta-feira, citado pela Lusa. Numa conferência de imprensa, em Milão, o primeiro-ministro assegurou que o Governo segue “com atenção” o desenrolar dos acontecimentos na PT, em cujos activos está interessado o fundo francês Altice.

Foi a primeira-vez que o primeiro-ministro manifestou desagrado com a evolução do processo PT/Oi, mas já no início de Agosto o ministro da Economia tinha criticado, em declarações ao PÚBLICO, o rumo que a operação tomou. Confessando já ter perdido “há muito” a “ilusão da PT como matriz de uma fusão luso-brasileira e campeã nacional”, António Pires de Lima criticou “os actos de gestão que não têm explicação possível no domínio da gestão” e a “destruição de valor” na empresa, nos últimos anos.

Poucos meses após a venda da Vivo (em Julho de 2010), fase em que ultrapassou a barreira dos dez euros, a cotação da PT tem estado em queda. Uma rota descendente para a qual também contribuiu o agravamento da crise e o pedido de ajuda financeira à troika.

Mas, depois de se ter tornado público o investimento de 900 milhões de euros em papel comercial da Rioforte, as acções caíram abaixo dos 2%, patamar onde se têm mantido.

Na sessão bolsista desta quarta-feira em que Zeinal Bava anunciou a renúncia à liderança executiva da Oi, os títulos da PT recuaram 1,28% para 1,626 euros. Na mesma linha, as acções da empresa brasileira desvalorizaram mais de 5% na bolsa de São Paulo.

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