Acesso do Metro Mondego a fundos comunitários gera satisfação em Coimbra

Governo tem dado garantias aos vários intervenientes políticos, mas o Movimento Cívico espera para ver.

Foto
O projecto do Metro Mondego prevê a instalação de uma linha urbana, em Coimbra, e da ligação à Lousã Adriano Miranda

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado, afirmou na terça-feira que o Governo lhe deu a garantia de que o projecto do Metro Mondego entrará no próximo quadro comunitário, podendo ter "acolhimento nas linhas do Programa Operacional Nacional e do Programa Operacional Regional", disse Manuel Machado, durante a sua intervenção na assembleia municipal.

Os líderes distritais do PSD e do PS de Coimbra mostraram-se já esta quarta-feira satisfeitos com esta possibilidade. Em declarações à agência Lusa, o líder distrital do PSD, Maurício Marques, saudou o facto de o Governo "ter encarado com realismo a questão do metro", para que a mobilidade em Coimbra e nos concelhos abrangidos seja "uma realidade".

O dirigente e deputado social-democrata disse ter também informação do Governo de que o Metro Mondego terá enquadramento nos Programas Operacionais Nacional e Regional, o que corresponde à "reclamação dos deputados do PSD de Coimbra".

Pedro Coimbra, presidente da Federação Distrital do PS de Coimbra, felicitou, também em declarações à agência Lusa, a posição do Governo, mas lamentou a decisão tardia, embora "bem-vinda e a tempo, depois de tantos avanços e recuos".

"Naturalmente que essa é a posição correcta e que o PS há muito tem defendido com sentido de responsabilidade. Os fundos estruturais são há muito a solução política que defendemos para a concretização deste importante projecto", sublinhou. O dirigente socialista ressalva, no entanto, que "quando se fala no financiamento do projecto, é fundamental ter-se em conta que este inclui a linha urbana e suburbana, pelo que o financiamento e concretização têm de ser na totalidade".

Já para o Movimento Cívico de Coimbra, Lousã, Miranda do Corvo e Góis, esta é mais uma promessa, depois de tantas outras. "Queremos ir de promessa em promessa até à vitória final, mas só ficaremos satisfeitos quando a obra for executada e se possa ir de Serpins (Lousã) até à estação velha (Coimbra) num transporte sobre carris", frisou à Lusa o porta-voz do movimento, Jaime Ramos.

A execução do projecto, inserido no Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), contempla a instalação de um metro ligeiro de superfície do tipo tram-train  – com capacidade para circular nos eixos ferroviários, urbanos, suburbanos e regionais – na cidade de Coimbra e no Ramal da Lousã, onde as obras foram iniciadas mas estão interrompidas.

O Ramal da Lousã foi desactivado em Janeiro de 2010, estando concluídas, no âmbito do projecto, parte das empreitadas entre Alto de São João (Coimbra) e Serpins (Lousã), correspondentes à Linha Verde, primeira fase do Metro Mondego, que foram interrompidas há cerca de dois anos após um investimento de cerca de 140 milhões de euros.

Sugerir correcção
Comentar