Na semana que antecede a primeira jornada da Divisão de Honra da época 2014-15, o P3 Râguebi colocou cinco questões aos 10 treinadores dos clubes que vão competir no principal escalão do râguebi português.

Como decorreu a preparação do RC Montemor para o início da época 2014-15?

Foi uma pré-época um pouco dura, como deve ser. O campeonato também será duro. Fizemos mais jogos do que em anos anteriores - pelo menos um ou dois por semana. Isso trará a competitividade que fazia falta à equipa. Queremos que os nossos jogadores aguentem os 80 minutos e o campeonato, que será longo.

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Registaram-se muitas alterações no plantel em comparação com o da temporada passada?

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Houve uma ou duas saídas de jogadores que, segundo parece, vão jogar em clubes de Lisboa da Divisão de Honra. Estamos ainda a aguardar todo o processo de transferência. Também temos um ou dois jogadores que sofreram lesões no final da época passada e ainda não recuperaram. Para colmatar essa saídas já contratamos um jogador irlandês, que pode jogar a segundo centro ou a 15, e há ainda o interesse em mais dois jogadores estrangeiros para a terceira e a segunda linha. Queremos fechar esse dossier nesta semana para começarmos a época já com o plantel fechado para termos um grau de competitividade superior. Temos bons escalões jovens, mas ainda vai demorar mais um ano ou dois para que cheguem aos seniores.

Quais serão os objectivos do RC Montemor e quem serão os principais adversários?

Sem dúvida a manutenção. No ano passado conseguimos três vitórias e o objectivo é diminuir a distância para as outras equipas e conseguir a permanência. Temos a obrigação de tentar melhorar o que fizemos no ano passado, mas os restantes clubes tentaram apetrechar-se bem de jogadores.

Apesar de na próxima época a Divisão de Honra contar com os mesmos 10 clubes de 2013-14, metade das equipas terá um treinador novo. Pensa que isso terá impacto na prova?

Mexerá alguma coisa. Também a nível de jogadores as equipas procuraram reforçar-se e o Cascais, por exemplo, apostou forte. A Agronomia continua a contratar jogadores e o Técnico tentou manter o nível. A minha impressão é que o campeonato estará mais forte. As mexidas a nível de treinadores é positiva para dar a oportunidade a técnicos que vão trazer ideias novas.

Concorda com o actual formato do campeonato, com 10 equipas e play-off para apuramento do campeão?

Eu sou da opinião de que os campeonatos devem abranger o maior número possível de equipas. Não é estar a olhar para o meu umbigo, mas é o que defendo para o râguebi nacional. Ninguém há cinco anos imaginaria que o RC Montemor subiria da II Divisão para a I Divisão e depois para a Divisão de Honra. E tudo isto sem projectos megalómanos. Temos feito um óptimo trabalho nas escolas e dá-me pena que se tente resumir tudo às seis equipas de cima. Eu tenho um ou dois jogadores que saíram. Um para a Agronomia, por exemplo. E tudo pela vontade da Agronomia de aliciar alguns jogadores de qualidade nos clubes que vão aparecendo. Se isto continuar assim, o râguebi nacional acaba. Não vai durar só com seis equipas. A estratégia devia ser outra.