Mota-Engil diz que EGF irá reforçar o seu processo de internacionalização

Vitória do consórcio liderado pela Mota-Engil no processo de privatização da empresa de gestão de resíduos foi anunciada nesta quinta-feira.

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Gonçalo Moura Martins é o presidente executivo do grupo Mota-Engil
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Gonçalo Moura Martins é o CEO do grupo Fernando Veludo/NFactos

A Mota-Engil diz que ainda não foi “notificada oficialmente da decisão” do Governo de atribuir ao consórcio liderado pela sua subsidiária Suma a vitória na privatização da EGF, mas sublinha que o negócio é “mais um passo” para que exista um “grupo nacional forte que capitaliza a experiência em Portugal para reforçar o seu processo de internacionalização”.

Num comunicado divulgado nesta quinta-feira através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a empresa liderada por Gonçalo Moura Martins lembra que vai seguir-se um “conjunto de procedimentos até que a gestão do grupo de empresas liderado pela EGF passe a ser assegurada pela Mota-Engil”.

Adianta ainda que “a inclusão da EGF no perímetro” da Mota-Engil está em linha com as orientações estratégicas de “reforço do processo de diversificação do grupo e de balanceamento da contribuição dos negócios na Europa face ao crescimento em África e na América Latina.”

Aos accionistas, a Mota-Engil garante que, uma vez notificada oficialmente da resolução do Conselho de Ministros (CM) desta quinta-feira, divulgará “informação detalhada sobre a transacção e futuro enquadramento da área de negócio e do grupo Suma”.

Na conferência de imprensa que se seguiu ao CM, o secretário de Estado das Finanças, Manuel Rodrigues, sublinhou que a proposta vencedora, no valor de 149,9 milhões de euros, "teve a recomendação unânime" dos assessores financeiros e jurídicos da operação, bem como da Parpública e da Águas de Portugal. 

Saíram derrotadas as ofertas da espanhola FCC e da portuguesa DST, segunda e terceira classificadas, respectivamente. O grupo espanhol FCC referiu ao PÚBLICO que ainda está a avaliar se irá contestar a decisão anunciada pelo Governo, uma vez que não foi atendida a sua exigência de existir uma ronda final negocial antes de ser aprovado o vencedor do concurso.

O negócio vai ainda ser analisado pela Autoridade da Concorrência, que poderá impor os chamados remédios à Suma, caso verifique que a concentração levanta problemas ao funcionamento do mercado.

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