A importância da pré-época

O que menos importa são os resultados dos jogos de preparação, servindo apenas como efeito motivacional ou para perceber em que ponto se encontra a equipa

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Pai Conde

Falar de pré-época actualmente reverte-se de extrema importância. Cada vez há mais treinadores a ultrapassarem a ideia do trabalho puramente físico, para se considerarem todas as outras componentes das equipas como a construção do grupo, o trabalho técnico/táctico e ainda a prevenção de lesões, fundamental para que os jogadores resistam às primeiras grandes cargas físicas da época.

É nesta altura que surge a adaptação de novos elementos, em que aumenta a competição e a pressão interna, e se definem os estatutos dentro do balneário. Deve ficar bem definido quais os objectivos da equipa, qual o modelo de jogo a aplicar e como atingirá a equipa o sucesso. Os jogadores, sujeitos a maiores cargas, tendencialmente preferem um trabalho com bola que pode ser bem aproveitado em termos psicológicos pelos treinadores para atingir os mesmos objectivos físicos. Tendo em conta que o jogo moderno está cada vez está mais rápido e os jogadores fisicamente mais fortes. o grande desafio de treinadores e preparadores físicos passa por exponenciar a força, poder, velocidade, agilidade, resistência e tamanho para melhorar a performance dos jogadores sendo exigido um bom planeamento.

No entanto, um dos segredos para o sucesso de uma boa época passa também pelo período denominado de "off-season", no qual exige-se um trabalho de hipertrofia em ginásio com foco no aumento de massa muscular e pouco trabalho anaeróbio e aeróbico de cerca de 8 semanas sendo alterado para um treino à base da força e explosão durante a pré-época.

Na pré-época tendencialmente os treinadores procuram novas soluções e inovações em treinos, experimentando modalidades como o jiu-jitsu, judo ou treinos militares como forma de melhorar física e psicologicamente a condição dos jogadores mas nunca deve ser esquecido o treino de velocidade, agilidade e preparação para o contacto de uma forma muito gradual.

Neste contexto, o que menos importa são os resultados dos jogos de preparação, servindo apenas como efeito motivacional ou para perceber em que ponto se encontra a equipa. Os jogadores e treinadores devem estar mais focados no que de bom se aplica em campo em termos tácticos do que propriamente o resultado final.

Em jeito de curiosidade, a tecnologia tende a acompanhar o desporto nessa vertente e no Cascais Rugby temos a sorte de contar com o preparador físico Francisco Tavares que, com muitos meios ao seu dispor, irá conseguir estudar os verdadeiros resultados dum trabalho com bola em termos de evolução física, podendo ser um passo importante no futuro do râguebi em Portugal.

Cumprimentos e uma boa pré-época!

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