Kerry discute com uma dezena de países árabes luta contra o Estado Islâmico

Chefe da diplomacia de Washington quer a “maior coligação possível de parceiros do planeta a fim de enfrentar, enfraquecer e vencer o EI”.

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Kerry quer "maior coligação possível" PAUL J. RICHARDS/AFP

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, encontra-se na quarta e na quinta-feira na Arábia Saudita com os chefes da diplomacia dos países que fazem parte do Conselho de Cooperação do Golfo e com outros países árabes.

O encontro insere-se nos esforços dos Estados Unidos para formarem uma coligação internacional alargada para lutar contra o Estado Islâmico (EI). Para quarta-feira está anunciada a apresentação, pelo Presidente, Barack Obama, de um “plano de acção” que se anuncia como inédito.

Kerry vai reunir-se em Jeddah com os ministros dos Negócios Estrangeiros dos seis países do Conselho – Arábia Saudita, Kuwait, Qatar, Emirados Árabes, Bahrein e Omã – e com os representantes do Egipto, da Jordânia e do Iraque.

A Liga Árabe anunciou já que se associa à coligação internacional contra o grupo extremista

A informação do encontro de Jeddah foi confirmada à AFP por um alto responsável egípcio que pediu o anonimato. O encontro, explicou, faz parte dos “esforços para conter o terrorismo”.

Um responsável do Governo libanês disse que o chefe da diplomacia de Beirute também estará presente.

Na segunda-feira, antes de partir para o Médio Oriente, Kerry prometeu formar uma aliança de mais de 40 países. Trata-se de criar a “maior coligação possível de parceiros do planeta a fim de enfrentar, enfraquecer e vencer o EI”, disse. “Quase todos os países têm um papel a desempenhar para eliminar a ameaça que o EI coloca e o mal que representa.”

Os moldes da guerra contra a organização islamista só serão anunciados por Obama na quarta-feira, mas uma fonte governamental disse ao jornal New York Times que a intervenção norte-americana será de tipo inédito: não se limitará ao uso de drones, não incluirá tropas no terreno mas Washington assumirá plenamente o comando. O Presidente tinha posto como condição para um envolvimento dos EUA a adesão dos países da região.

Para esta terça-feira está previsto, segundo a Reuters, um encontro de Obama com os líderes do Congresso. E os directores da CIA e dos serviços secretos, John Brennan e James Clapper, reúnem-se com a presidente do Comité de Vigilância dos Serviços Secretos do Senado, Dianne Feinstein. Na quarta-feira, responsáveis governamentais terão encontros com todos os membros do Senado e da Câmara de Representantes.

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