Em D’Bandada, a pé, de eléctrico, no coreto, na rua ou no bar regressa ao Porto no dia 13

Festival gratuito regressa às ruas do Porto no segundo sábado de Setembro, garantindo dez horas de música, a partir das 16h

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Os concertos vão ser programados por um conjunto de curadores Paulo Pimenta

Vai a Manuela Azevedo e a Capicua. Vai o Dj Marfox e o Miguel Araújo. Vai o Ricardo Ribeiro e os Cabra Cega. O NOS Em D’Bandada deste ano regressa ao Porto no dia 13 de Setembro e salta a barreira da Avenida dos Aliados, estendendo-se Passos Manuel acima, até à Praça dos Poveiros. Entre as 16h e as 2h, a música vai andar à solta pela Baixa da cidade, de forma gratuita, como sempre. A organização garante que será “o maior D’Bandada de sempre”.

O programa da 4.º edição do D’Bandada foi apresentado, ontem, na Câmara do Porto, que se associa, de novo, à organização do evento. Em números absolutos, até nem parece que este tenha crescido – se no ano passado se anunciavam mais de 60 artistas em 23 palcos, esta ano a organização fala em “62 concertos, em 19 palcos” –, mas este ano prevê-se que a debandada seja mais dispersa, não se fixando na zona da animação nocturna que sobe dos Aliados em direcção aos Clérigos, mas voltando-se também para o outro lado, chegando ao cinema Passos Manuel, aos Maus Hábitos e à Praça dos Poveiros.

Além disso, como referiu Pedro Moreira da Silva, director de Comunicação da NOS, os 62 concertos anunciados são aqueles que, neste momento, estão já garantidos pela organização. “A estes, juntar-se-ão outros, que vão sendo confirmados até ao dia 13”, disse.  Henrique Amaro que, mais uma vez, assume a direcção artística do D’Bandada, explica que, na edição deste ano, muito do que o público irá ver e ouvir foi pensado e decidido por um grupo de ”fazedores ou curadores” convidados a juntar-se à festa. “São eles que vão fazer grande parte da programação deste ano. Entregamos-lhes os espaços e eles decidiram”, disse.

Será, assim, pelas mãos da Casa da Música, dos Maus Hábitos, do Bodyspace, da Filho Único, da Lovers & Lollipops, da Monster Jinx, da Porta Jazz, da Príncipe da Turbina e de Tiago Pereira que irá passar o grosso da programação. E esta, como é costume, será ecléctica e democrática nos espaços por onde se irá distribuir. Tal como em edições anteriores, vai voltar a passar pelo varandim da Torre dos Clérigos e pelo Coreto da Cordoaria; regressa ao edifício AXA e vai instalar-se no Páteo Interior da Reitoria da Universidade do Porto; volta ao Café au Lait, ao Armazém do Chá ou à Casa do Livro, entre outros espaços habituais destas andanças; circulará pela cidade num eléctrico; e estreia-se no Ateneu Comercial do Porto.

Por enquanto, a organização ainda não apresentou o calendário fechado do D’Bandada – quem actuará aonde e a que horas –, mas já foram feitas algumas revelações. Miguel Araújo, por exemplo, vai actuar a bordo do eléctrico que faz o percurso Carmo-Batalha-Carmo, enquanto este se desloca por esta linha central da cidade. Na Praça dos Leões, as vozes femininas da cidade (e arredores) vão ser homenageadas com a presença de Manuela Azevedo, acompanhada da Orquestra de Jazz de Matosinhos, e de Capicua. O fado vai andar à solta no Passeio das Virtudes, pela voz de Ricardo Ribeiro. Fachada vai apresentar o seu novo trabalho no Ateneu e os Mind da Gap e os Dealema vai “encontrar-se num frente-a-frente”, na Praça dos Poveiros.

Nos próximos dias, o Facebook do NOS Em D’Bandada deverá ir revelando mais pormenores das dez horas de música que irão invadir o centro da cidade. Na apresentação da edição deste ano, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira destacou “a gratuitidade” do evento e o modo como a cidade é chamada a participar. “Espero que seja um grande sucesso, no sentido de sermos actores, autores e participantes. Quando participamos no D’Bandada, sentimos que também fazemos parte do espectáculo”.

Já Pedro Moreira da Silva deixou um conselho: “Há sempre algumas questões em termos de acessibilidades e irão existir cortes de trânsito que serão comunicados. De qualquer maneira, é sempre melhor que utilizem os transportes públicos”.

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