Unilever põe à venda terreno da fábrica de detergentes em Sacavém

Unidade foi encerrada o ano passado depois de a empresa ter decidido focar-se na produção nos produtos alimentares.

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Gelados produzidos em Santa Iria são vendidos para Espanha e Itália Daniel Rocha

A Unilever Jerónimo Martins pôs à venda os terrenos da fábrica de detergentes e produtos de limpeza em Sacavém, desactivada em 2013. A multinacional, dona do Skip, deixou de produzir estes produtos em Portugal e decidiu ampliar a capacidade de produção de produtos alimentares na sua fábrica de Santa Iria de Azóia, onde se produzem marcas como a Vaqueiro, Olá e Knorr.

Num comunicado emitido pela consultora imobiliária que está a intermediar o negócio, lê-se que o terreno, com mais de 33 mil metros quadrados, inclui “várias construções, todas em fase de desmantelamento e demolição”.

As marcas produzidas na unidade industrial (Skip, Cif, Vasenol, Linic e Surf) passaram a estar no mercado nacional através das fábricas europeias do grupo e a Unilever Jerónimo Martins optou por concentrar-se na produção alimentar, investindo 30 milhões de euros para aumentar o peso das exportações de 30% para 50% da produção total.

Actualmente, os gelados são vendidos para Espanha e Itália, as margarinas para Espanha, Alemanha e Holanda e os caldos Knorr para Espanha, França e Reino Unido. No final de 2013, produziram-se em Santa Iria 70 mil toneladas de produtos alimentares, cerca de um terço dos quais para exportação (65% dos caldos Knorr, por exemplo, são exportados).

Os 80 trabalhadores da fábrica de Sacavém foram transferidos para Santa Iria de Azóia, que já este ano aumentou para 700 o número de colaboradores. A empresa, que resulta de uma parceria entre a Jerónimo Martins (dona do Pingo Doce) e a Unilever, prometeu manter os mesmos salários e reconhecer a antiguidade. O recente investimento inclui ainda uma nova fábrica de cones para gelados, que antes eram importados.

A Unilever Jerónimo Martins nasceu em 2007 depois da fusão entre a FimaVG, Bestfoods, LeverElida e Iglo-Olá e é detida em 45% pelo Grupo Jerónimo Martins (dono do Pingo Doce) e em 55% pela Unilever.

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