Assinaturas digitais dos jornais diários mais do que duplicam

PÚBLICO lidera no segmento, com uma média de 6626 assinantes no primeiro semestre.

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A redacção do Público em Lisboa Daniel Rocha

As assinaturas de produtos digitais dos cinco jornais generalistas nacionais cresceram 135% no primeiro semestre deste ano, por comparação com o primeiro semestre de 2013, embora ainda representem uma fatia diminuta das edições pagas. Já as edições impressas mantiveram a tendência antiga de queda, com a circulação combinada do PÚBLICO, Jornal de Notícias, Diário de Notícias, i e Correio da Manhã a recuar 10%.

De acordo com dados da Associação Portuguesa de Controlo de Tiragens, os assinantes digitais do conjunto dos jornais diários foram, em média, 11.106 em cada mês entre Janeiro e Julho.

Entre os diários generalistas, o PÚBLICO lidera neste indicador, com uma média de 6626 assinaturas, um crescimento de 72% face ao ano passado. O jornal, que tem feito nos últimos meses um esforço de promoção destas assinaturas, começou o ano com 6326 assinantes digitais e tinha em Julho 7108.

Em segundo lugar surge o JN, com uma média de 3068 assinantes, multiplicando por quase seis vezes o valor de 2013. O jornal portuense tem também vindo a registar um crescimento contínuo das assinaturas digitais desde Janeiro. Em terceiro está o Diário de Notícias (do mesmo grupo do JN), com uma média mensal de 1167 assinantes digitais (mais 268%).

O Correio da Manhã, que nesta sexta-feira lançou um novo site, e o i têm valores residuais de assinaturas digitais. Este é um modelo em que alguns jornais têm apostado para fazer face a uma situação em que o decréscimo da circulação e da publicidade das edições impressas não é compensado pelas receitas publicitárias conseguidas online.

Já no que diz respeito às edições impressas, o Correio da Manhã reforçou a destacada liderança, ao ser o jornal com menor quebra. Com uma média de 113.161 exemplares por edição, registou apenas menos 3% de circulação total, um indicador que agrega vendas em banca, assinaturas, ofertas e as vendas que são feitas em bloco (tipicamente, a empresas).

Outrora um concorrente próximo do Correio da Manhã, o JN tem vindo a sofrer quebras acentuadas na circulação impressa. No primeiro semestre, caiu 12%, para 60.470 exemplares.  O PÚBLICO caiu igualmente 12%, para 21.817 exemplares por edição.

Já a maior queda registou-se no DN, que recuou 35%, para 16.625 exemplares, ao passo que o i caiu 25%, para 4013 exemplares. O i foi o único jornal cuja edição impressa registou uma evolução positiva entre Janeiro e Julho.

As vendas em banca foram de 107.691 exemplares no caso do Correio da Manhã, 52.685 no do JN, 15.362 no do PÚBLICO, 11.965 no do DN e 3291 exemplares no caso do i.

Semanários também caem

Tal como os diários, os dois semanários também registaram uma quebra na circulação da edição impressa.

O Expresso, que em Maio lançou uma edição diária digital, teve uma média de 8849 assinantes digitais ao longo do semestre passado. Em Abril, antes do lançamento do Expresso Diário, tinha 8821 assinantes, tendo chegado a Julho com 9329. Na edição impressa, a circulação caiu 11%, para os 78.066 exemplares.

A mesma queda teve a edição impressa do Sol, cuja circulação total foi de 22.778 exemplares. O jornal não tem assinaturas digitais.

Já a revista Sábado (do grupo Cofina, o mesmo do Correio da Manhã) registou no semestre uma média de 53.571 exemplares por edição (uma descida de 16%) e 923 assinantes digitais (mais 3%).

Por seu lado, a rival Visão (do grupo Impresa, também dono do Expresso) teve uma circulação de 72.458 (menos 14%) e viu os assinantes digitais quase duplicarem, para 4047.

Os números são comunicados à APCT pelas próprias publicações, com a associação a fazer auditorias regulares. Entre os diários generalistas, os dois semanários e as duas revistas, o único auditado neste semestre foi o Jornal de Notícias.

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