As Pussy Riot vão entrar na nova temporada de House of Cards?

Este ano as russas já tinham conhecido a produção da série para aprenderem a fazer filmes políticos

Foto
Duas das Pussy Riot terão estado recentemente na rodagem da série Maxim Shemetov/Reuters

Ainda não houve uma confirmação oficial mas a imprensa norte-americana dá como certa a participação de Nadejda Tolokonnikova e Maria Aliokhina, os dois elementos mais conhecidos do colectivo punk russo Pussy Riot, na terceira temporada de House of Cards.

Segundo o jornal americano de Baltimore, City Paper, Maria "Masha" Aliokhina e Nadezhda "Nadia" Tolokonnikova estiveram recentemente na rodagem da série. A informação é dada por duas fontes ligadas à produção de House of Cards, que não adiantaram, no entanto, mais nenhuma informação.

“A Nadezhda e a Maria das Pussy Riot estiveram nas filmagens e vão estar na terceira temporada de House of Cards”, diz uma fonte da série, realizada por David Fincher e que em 2013 ganhou o Emmy para melhor drama.

House of Cards, uma visão mordaz dos jogos de poder e de vingança na Casa Branca protagonizada por Kevin Spacey, tornou-se então a primeira série produzida exclusivamente para a Internet a ser nomeada para os Emmys.

Em Maio, os dois membros das Pussy Riot revelaram numa entrevista ao Wall Street Journal que tinham estado com a equipa de produção de House of Cards, a passar actualmente na SIC, em Nova Iorque. Na altura, Tolokonnikova e Alyokhina explicaram que o encontro tinha acontecido porque as duas queriam perceber como é que se fazem filmes e séries de teor politico.

“É importante para nós conhecermos pessoas que estão a fazer cinema político nos Estados Unidos porque na Rússia isso não existe e nós queremos saber como é que é”, disse Maria Aliokhina. “Não se trata de saber o que é que eles querem mas o que é que nós queremos deles. E nós queremos aprender a fazer um filme político. Esta é a nossa principal agenda neste momento”, acrescentou Nadejda Tolokonnikova.

Presas durante quase dois anos por uma acção de protesto contra o Presidente Vladimir Putin numa catedral de Moscovo – uma “oração punk” que lhes valeu uma condenação a sete anos de prisão por ódio religioso –, as duas activistas anunciaram, após a amnistia, que iam aproveitar a visibilidade conseguida em defesa dos direitos dos detidos nas prisões da Rússia. As viagens da dupla aos Estados Unidos fazem exactamente parte destas acções.

Sugerir correcção
Comentar