Câmara da Feira não quer graffiti em edifícios públicos e apresenta queixa-crime

Autarquia queixou-se contra desconhecidos por danificarem o património municipal com graffiti

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Miguel Madeira

A Câmara de Santa Maria da Feira cansou-se de ver graffiti estampados em edifícios públicos do centro da cidade e apresentou uma queixa-crime contra terceiros, por desconhecer quem são os autores das pinturas.

A autarquia entende que os graffiti que têm aparecido em vários edifícios de que é proprietária - no chafariz da Praça da República, na fachada principal e nas traseiras dos Paços do Concelho, nas paredes exteriores de vários departamentos - são crimes de dano qualificado e de introdução em lugar vedado. Por isso, pede responsabilidades.

“Ao apresentarmos a queixa-crime, estamos a dar um sinal de que não estamos, de todo, a aceitar que continuem a delapidar o nosso património e iremos até às últimas consequências”, avisa o presidente da câmara, Emídio Sousa. A limpeza das superfícies grafitadas tem sido feita pelos trabalhadores municipais, sempre que há necessidade, mas os custos dessas intervenções não estão contabilizados. Em todo o caso, acrescenta, "custa bastante e alguns são muito difíceis de limpar porque são feitos em monumentos e nas pedras antigas”.

Emídio Sousa está convencido de que a queixa-crime “expõe o sentimento da maioria" dos feirenses. “Não queremos ver graffiti nas nossas praças e edifícios públicos e esta situação está a acontecer com alguma frequência”, refere. Por seu turno, a empresa municipal Feira Viva apresentou uma queixa autónoma por vandalização de equipamentos instalados no centro histórico feirense para a realização da última Viagem Medieval em Terra de Santa Maria, que terminou domingo passado.

“Os graffiti e demais actos de vandalismo expostos têm danificado o edifício municipal, constituindo um grave prejuízo, quer para o município, quer para todos os munícipes que pagam os seus impostos”, lê-se na queixa-crime endereçada ao Tribunal da Feira. Desde Abril que a limpeza dos graffiti tem estado na rotina de alguns funcionários municipais. “Tais operações de remoção e lavagem têm acarretado custos elevados para o município e têm-se relevado infrutíferas pelo facto de os graffiti voltarem a aparecer, tanto na parte da fachada como na parte do granito e tijolo à vista, onde proliferam”.

 

 

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