"Vamos ficar juntos", pedem celebridades britânicas aos escoceses

Sondagens continuam a mostrar uma maioria para o "não" à independência da Escócia, mas o "sim" ganhou terreno.

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Mick Jagger não quer perder a Escócia Terje Bendiksby/reuters

Mais de 2000 personalidades, incluindo Mick Jagger, dos Rolling Stones, e o astrofísico Stephen Hawking, apelaram aos escoceses a dizerem “não” à independência no referendo que se realiza no próximo dia 18 de Setembro.

Numa carta aberta divulgada na imprensa britânica, figuras públicas como Ruth Rendell, David Attenborough, Tom Daley, William Boyd, Alain de Botton, Anish Kapoor, Judi Dench ou Helena Bonham-Carter pedem aos escoceses para “não partirem”.

“A decisão é evidentemente inteiramente vossa. Mas terá um enorme impacto sobre todos nós no Reino Unido. Queremos dizer-vos o quanto estimamos os laços de cidadania que partilhamos e expressar a nossa esperança de vocês votem para os renovar”, lê-se na carta aberta.

A lista de signatários inclui também várias celebridades escocesas, como o antigo jogador de râguebi, Kenny Logan, ou a actriz Louise Linton.

“É formidável saber que a Escócia tem tantos amigos e admiradores, e nós sabemos que eles vão continuar a gostar de nós e a admirar-nos depois de nós votarmos ‘sim’ no dia 18 de Setembro, reagiu, citado pela AFP, um representante da campanha "Yes Scotland", a favor da independência.

A seis semanas da votação, e apesar das variações dos últimos meses, os que querem que a Escócia se mantenha no Reino Unido continuam em maioria, mas quer os apoiantes quer os opositores da independência reconhecem que a distância que os separa é passível de ser anulada. Uma síntese de todas as sondagens recentes publicada na semana passada pelo jornal Financial Times conclui que 48% dos eleitores pensam votar “não” contra 36% que apoiam a independência face a Londres. Mas um outro estudo publicado no fim-de-semana colocava o “sim” nos 40%, com uma desvantagem de apenas seis pontos percentuais.

A campanha pela manutenção da Escócia no Reino Unido recebeu ao longo dos últimos meses apoios internacionais como Hillary Clinton, Barack Obama, ou o primeiro-ministro chinês Li Keqiang.

Evitando a palavra independência ou o recurso a imagens negativas e ameaçadoras, a pequena carta aberta termina com uma certeza: “Aquilo que nos une é muito maior do que aquilo que nos separa". E um pedido: “Vamos ficar juntos”.

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