Mestrados de Direito da Universidade Católica entre os mais inovadores do mundo

Escola incluída em ranking do Financial Times pelo quarto ano. Responsáveis acreditam que país pode afirmar-se na área, atraindo estudantes mais internacionais.

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A Universidade Católica tem uma ligação privilegiada com países anglo-saxónicos Rita Chantre/Arquivo

O ensino do Direito pode ser exportado, apesar das características particulares da ordenação jurídica de cada país. É nisso que acredita a Universidade Católica de Lisboa, que criou uma oferta vocacionada para o Direito Internacional que, pelo quarto ano consecutivo, é considerada uma das mais inovadoras do mundo. A aposta tem atraído cada vez mais estudantes estrangeiros e mais de metade dos alunos inscritos nos últimos vêm de outros países.

Nos últimos anos, tem sido notícia a inclusão de instituições de ensino superior nacionais nos rankings internacionais, sobretudo na Economia e Gestão. Mas no Direito há também um representante português entre as escolhas do Financial Times. Nos últimos quatro anos, os mestrados da Católica Global School of Law estiveram na lista das faculdades de Direito inovadoras publicada por aquele jornal. 

Em 2012, a escola portuguesa – que é uma unidade autónoma da Faculdade de Direito da Católica – foi uma das instituições em destaque no suplemento especial do periódico especializado e, na versão mais recente, que diz respeito ao ano passado, volta a aparecer na restrita lista, sendo uma das poucas representantes da Europa Continental (15 num total de 85 universidades), numa escolha que é dominada por instituições dos EUA e Reino Unido.

Esta oferta da Católica foi criada há cinco anos, tratando-se da primeira escola global de Direito em toda a Europa. Numa área em mudança acelerada nos últimos anos, a instituição encontrou uma forma de se diferenciar. “De um tempo em que eram os direitos nacionais o centro do ensino e da investigação jurídica, passámos para uma era em que todos os ramos são profundamente afectados pelo impacto das diferentes dimensões transnacionais”, defende o director da escola, Luís Barreto Xavier. Hoje são questões como os direitos humanos, o comércio internacional, o cibercrime ou o investimento estrangeiro a ganhar relevo no sector. E nenhuma está imune à interferência do direito europeu, do direito internacional ou de regras jurídicas transnacionais.

O Direito pode, assim, afirmar-se como uma área para as instituições de ensino superior nacionais se afirmarem internacionalmente, acredita Barreto Xavier, reconhecendo a “qualidade e potencial” para que isso aconteça. As características do sistema jurídico nacional “não são um obstáculo”, uma vez que a oferta do estabelecimento é pensada tendo em conta a dimensão europeia e internacional. Mas cultura jurídica portuguesa pode funcionar como uma mais-valia, dada a sua projecção nos países africanos de língua oficial portuguesa, em Macau ou em Timor.

É isso que têm feito, por exemplo, as faculdades de Direito das Universidades de Coimbra e Clássica de Lisboa, apostando em atrair estudantes do mundo lusófono. Já a escola da Católica tem uma ligação privilegiada com os países anglo-saxónicos, através de parcerias com instituições de referência como o King’s College de Londres ou as universidades de Georgetown e do Michigan, nos EUA. Os estudantes americanos representam 20% do total de inscritos até ao momento nos seus cursos, seguidos dos brasileiros (6%).

Desde a sua criação já aqui se inscreveram estudantes de 37 nacionalidades, que representam mais de metade (52%) do total de alunos formados. Os responsáveis querem agora acentuar esta tendência, reforçando a divulgação internacional dos cursos oferecidos, através de sites especializados na internet e da imprensa especializada, mas também pelo alargamento da oferta formativa. No último ano, ao mestrado em Direito Comercial Internacional  – dirigido a advogados com experiência – foi adicionado um outro em Direito num contexto europeu e global ("Law in a European and Global Context”) e abriu o primeiro programa de doutoramento em língua inglesa (Global PhD Programme in Law), para o qual a Fundação para a Ciência e Tecnologia vai financiar bolsas de estudo individuais para os alunos durante quatro anos.

Nos últimos anos, tem sido notícia a inclusão de instituições de ensino superior nacionais nos rankings internacionais, sobretudo na Economia e Gestão. Mas no Direito há também um representante português entre as escolhas do Financial Times. Nos últimos quatro anos, os mestrados da Católica Global School of Law estiveram na lista das faculdades de Direito inovadoras publicada por aquele jornal. 

Em 2012, a escola portuguesa – que é uma unidade autónoma da Faculdade de Direito da Católica – foi uma das instituições em destaque no suplemento especial do periódico especializado e, na versão mais recente, que diz respeito ao ano passado, volta a aparecer na restrita lista, sendo uma das poucas representantes da Europa Continental (15 num total de 85 universidades), numa escolha que é dominada por instituições dos EUA e Reino Unido.

Esta oferta da Católica foi criada há cinco anos, tratando-se da primeira escola global de Direito em toda a Europa. Numa área em mudança acelerada nos últimos anos, a instituição encontrou uma forma de se diferenciar. “De um tempo em que eram os direitos nacionais o centro do ensino e da investigação jurídica, passámos para uma era em que todos os ramos são profundamente afectados pelo impacto das diferentes dimensões transnacionais”, defende o director da escola, Luís Barreto Xavier. Hoje são questões como os direitos humanos, o comércio internacional, o cibercrime ou o investimento estrangeiro a ganhar relevo no sector. E nenhuma está imune à interferência do direito europeu, do direito internacional ou de regras jurídicas transnacionais.

O Direito pode, assim, afirmar-se como uma área para as instituições de ensino superior nacionais se afirmarem internacionalmente, acredita Barreto Xavier, reconhecendo a “qualidade e potencial” para que isso aconteça. As características do sistema jurídico nacional “não são um obstáculo”, uma vez que a oferta do estabelecimento é pensada tendo em conta a dimensão europeia e internacional. Mas cultura jurídica portuguesa pode funcionar como uma mais-valia, dada a sua projecção nos países africanos de língua oficial portuguesa, em Macau ou em Timor.

É isso que têm feito, por exemplo, as faculdades de Direito das Universidades de Coimbra e Clássica de Lisboa, apostando em atrair estudantes do mundo lusófono. Já a escola da Católica tem uma ligação privilegiada com os países anglo-saxónicos, através de parcerias com instituições de referência como o King’s College de Londres ou as universidades de Georgetown e do Michigan, nos EUA. Os estudantes americanos representam 20% do total de inscritos até ao momento nos seus cursos, seguidos dos brasileiros (6%).

Desde a sua criação já aqui se inscreveram estudantes de 37 nacionalidades, que representam mais de metade (52%) do total de alunos formados. Os responsáveis querem agora acentuar esta tendência, reforçando a divulgação internacional dos cursos oferecidos, através de sites especializados na internet e da imprensa especializada, mas também pelo alargamento da oferta formativa. No último ano, ao mestrado em Direito Comercial Internacional  – dirigido a advogados com experiência – foi adicionado um outro em Direito num contexto europeu e global ("Law in a European and Global Context”) e abriu o primeiro programa de doutoramento em língua inglesa (Global PhD Programme in Law), para o qual a Fundação para a Ciência e Tecnologia vai financiar bolsas de estudo individuais para os alunos durante quatro anos.

 

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