Quem quer comprar Neverland, o rancho de Michael Jackson?

Propriedade está avaliada em 30 milhões de dólares (22,4 milhões de euros) mas poderá ser vendida por 85 milhões dólares (63,5 milhões de euros).

Fotogaleria
Depois de Michael Jackson ninguém voltou a viver em Neverland AFP
Fotogaleria
Era habitual Jackson receber no seu rancho grupos de crianças. Nesta foto está com Lisa Marie Presley, então sua mulher Reuters
Fotogaleria
Reuters
Fotogaleria
Havia um comboio que circulava na propriedade Reuters
Fotogaleria
A mansão Reuters
Fotogaleria
Reuters
Fotogaleria
Vista aérea de parte do parque de divesões Reuters
Fotogaleria
"Carro" de gelados oferecido por Elizabth Taylor a Jackson para o seu rancho Reuters
Fotogaleria
Nos dias a seguir à sua morte, em 2009, as portas de Neverland tornaram-se num memorial Reuters

O mundo do sonho infantil de Michael Jackson poderá estar prestes a ganhar uma nova vida. Neverland, o racho de 1133 hectares na Califórnia, está finalmente à venda, depois de os impasses nos últimos anos que o deixaram ao abandono. Esta é a primeira vez que o rancho surge no mercado desde que o rei da pop comprou a propriedade em 1988.

A propriedade, refúgio de Michael Jackson, onde além da mansão com sete quartos o cantor fez questão de acrescentar um jardim zoológico e um parque de diversões, está avaliada em 30 milhões de dólares (22,4 milhões de euros) mas dizem os especialistas que, tendo em conta a sua história, esta poderá facilmente ser vendida entre os 75 milhões de dólares (56 milhões de euros) e os 85 milhões dólares (63,5 milhões de euros).

Michael Jackson, cuja extravagância era conhecida, comprou este rancho há 26 anos já com a ideia de criar um espaço de fantasia para crianças. Deu-lhe o nome de Neverland, a ilha da história de Peter Pan, onde as crianças nunca crescem. O músico que morreu em 2009 mas que já tinha abandonado o rancho em 2005, na altura em enfrentava em tribunal a acusação de assédio sexual a crianças, ao mesmo tempo que se conheciam as suas dívidas milionárias, disse em diversas ocasiões e entrevistas que tinha construído neste rancho um parque de diversões e um jardim zoológico para poder ter tudo aquilo que não teve em criança.

Quando viu o seu parque temático também envolvido no escândalo que o atirou para a barra dos tribunais, Michael Jackson saiu e garantiu que não lá voltaria mais. No entanto, os problemas eram maiores. No rancho estavam empregadas 150 pessoas, que há muito não recebiam. As despesas de manutenção do rancho custavam cerca de cinco milhões de dólares (3,7 milhões de euros) por ano.

Por isso mesmo, desde então, foram várias as notícias que davam conta da intenção de o músico vender a propriedade. Até porque estava sem dinheiro para a manter, mas nunca nada aconteceu. Depois de ter ido embora, as atracções, como uma roda gigante e outros carrosséis, e os animais foram vendidos a várias entidades e o recheio da mansão foi guardado – têm aparecido em leilões alguns dos objectos de Jackson nesta casa.

Em 2008, Michael Jackson anunciou que a hipoteca de Neverland que estava prevista acontecer foi evitada depois da Colony Capital, uma empresa de investimento, ter comprado o empréstimo da propriedade, por cerca de 23,5 milhões de dólares (17,5 milhões de euros). É por causa deste acordo que agora a empresa norte-americana pode vender a propriedade, escreve a Forbes.

“A perspectiva da venda de Nerverland deixa-nos tristes”, reagiu em comunicado a família Jackson. “Sentimo-nos amargamente frustrados e decepcionados por este assunto ter chegado a este ponto”, continua o comunicado, que pretende também apagar a imagem extravagante de Michael Jackson: foi por causa da má assessoria de um antigo gerente que Michael Jackson perdeu o controlo no rancho.

À Forbes, a empresa que agora vai pôr o rancho à venda garante que outras hipóteses foram analisadas. Os fãs do rei da pop, por exemplo, esperavam que aqui nascesse um museu dedicado ao cantor. Mas a venda é mesmo a melhor forma de Neverland continuar a existir. Mesmo com outro proprietário e com outro propósito. 


 

Sugerir correcção
Comentar